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domingo, 11 de novembro de 2012
Depoimento do Paulo
Me chamo Paulo. Venho de uma cidade do interior ao redor de várias outras. Tinha e ainda tenho família nessas cidades. Nós eramos pobres. Meu pai trabalhava num abatedouro e minha mãe também. Quando eu tinha cinco anos, meu irmão mais velho estava com dez e minha mãe estava grávida. Meu pai era muito mulherengo e largou da minha mãe. Nessa época meu irmão me estuprou e todos os dias ele abusava de mim. Um dia minha mãe voltou para casa e viu o que meu irmão estava fazendo. Ela me mandou ficar quieto e não disse nada para o meu irmão. Durante seis meses eu fiquei muito bravo e revoltado, então minha mãe disse que não suportava mais e me mandou morar na casa do pai e do irmão dela. Não sei o que era pior. Ser estuprado pelo meu irmão ou apanhar como um bicho do meu avô e do meu tio. Eu apanhava na cabeça e de cinto e de fio. Todos os dias. Depois de seis meses eu fugi para a capital e fui morar nas ruas. Não era tão ruim. Tinha um garoto que gostava e abusava de mim, mas também me dava proteção e comida. Com seis anos conheci o mundo das drogas e também conheci a música. O garoto que me protegia tinha um violão e me ensinou a tocar. Hoje eu ainda sou professor de música e vivo disso. Quando eu estava com dez anos, minha mãe me achou e levou para morar com ela. Meu irmão não estava lé e eu tinha uma irmã. Fui para escola e fui um bom aluno. Mas nunca larguei as drogas. Eu não era traficante, só usava. Aos 16 anos fugi de novo para outra capital. Vivi em várias capitais do país. Me sustentava com as aulas de violão e me prostituindo. Também transava com as mulheres, mas nunca senti tanto prazer como com os homens. Até hoje. Tive 3 filhos e hoje não transo mais com os homens. Só que não sinto prazer com as mulheres e me sinto muito infeliz. Fiz um tratamento para as drogas e em vez de quando fumo somente maconha. Não sou uma pessoa feliz e muitas vezes penso em morrer. Aconteceu muita coisa na minha vida, mas eu queria era nascer de novo e ter uma vida diferente.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Depoimento da Mariana
2012, estou com 21 anos. Sou uma mulher como qualquer
outra, tenho minha família, meus amigos, minha faculdade, meus relacionamentos.
Mas há pouco mais de UMA DÉCADA atrás, passei por situações que não desejo a
criança nenhuma. Parecia estar tudo bem. Eu tinha uma família unida, feliz,
apesar dos pesares que todas as unidades familiares possuem. Mas dentro dela,
havia (ainda há) uma pessoa sem laços sanguíneos que sempre me tratou bem e,
conforme eu crescia, começou a se aproximar bem mais, e eu não via problema
nisso, até gostava, porque ele sempre gostou muito de jogos, de brincadeiras,
com um comportamento característico de uma própria criança.
Todos os domingos nos reuníamos na casa da minha avó,
onde eu morava na época. E ele começou a criar motivos pra me levar até a casa
dele, sempre pra buscar alguma coisa, ou me levar pra brincar com algum jogo no
computador. E as coisas foram ficando estranhas. Ele começou fazendo
comentários como a comparação do formato do meu seio (que estava crescendo) com
o de uma colega que eu tinha, e já tinha o seio um pouco mais formado. A
segunda vez, tive o desprazer de ouvir “contos eróticos” que ele recitava
enquanto lia na internet, sem entender porque diabos eu estava ouvindo aquilo.
Já na terceira e última vez, as coisas pioraram bastante. Ele colocou uma fita
pornô no vídeo cassete, sumiu por um tempo e voltou com as calças abaixadas, o
pênis ereto e se masturbando. Eu me lembro de ter virado o rosto e dito “eu não
quero ver isso”. Fui pra fora da casa. Ele me deu uma arma de chumbo pra atirar
nas garrafas pet. Juro que se eu tivesse aquela arma na mão hoje, atiraria nele
todas as balas de chumbo do mundo. Porque ele não queria que eu esquecesse o
que aconteceu. Ele só queria um jeito de se aproveitar. Disse que ia me ensinar
a atirar corretamente, e começou a passar as mãos em volta dos meus seios, que
mal existiam direito. Eu sabia que aquilo estava errado. Eu queria contar pra
alguém, mas como toda criança de 10 anos acha que vai se dar mal por tudo,
tinha medo de brigarem comigo. Então a única coragem que consegui ter, foi de
escrever uma carta para minha mãe. Escrevi. Entreguei. E ainda pedi “não fique
brava”. Claro que ela ficou brava, e claro que não foi comigo. Foi com o doente
do cunhado dela. Ela me abraçou, chorou. E sei que, como toda mãe, se culpou
pelo que aconteceu com sua filha. Depois disso, a família inteira foi reunida,
ela entregou a carta a ele e pediu explicações. Eu não estava presente, mas
minha mãe disse que ele tremia e dizia “eu nem sei o que dizer sobre isso”.
Claro que não, vai dizer o que? Que eu inventei tudo?
Como o advogado que minha mãe procurou disse: “É a
palavra de uma criança contra a dele e não existem provas. Com a experiência
que eu tenho nesses casos, o tempo vai passar e vocês vão voltar a conviver.” E
não deu outra. A relação mudou, por muito tempo não o vi. Mas depois de um
tempo voltamos a nos ver em datas específicas, como aniversários e feriados
familiares. Há até pouco tempo atrás, eu o cumprimentava e tentava suportar aquela
voz fazendo piadas inúteis durante as refeições, muitas vezes direcionadas a
mim. Será que ele pensa que, em algum segundo da minha existência, eu me
esqueci daqueles momentos? Mas após uma discussão com minha tia (que
aparentemente não havia nenhuma ligação com isso, mas com toda a raiva
reprimida a situação voltou à tona), eu e minha mãe resolvemos cortar relações
com essa parte da família quando minha tia preferiu ficar ao lado de seu
marido, ao dizer que “em relação a isso, eu terei que provar”. A nossa
conclusão foi que ele fez a cabeça dela, e ela nunca acreditou em mim. Na
época, ela pediu a minha mãe: “Não o denuncie. Se você fizer isso, eu nunca
mais falo com você.” Hoje minha mãe se arrepende de tê-la dado ouvidos. E hoje,
como uma adulta com opinião formada, digo que deveríamos ter cortado relações
naquela época e, sim, o denunciado. Também penso que alguém deveria ter me
levado a um psicólogo, o que não aconteceu. Acredito que só quem passou por
esse tipo de coisa consegue explicar como isso afeta a gente pra sempre. Os
meus relacionamentos amorosos nunca foram normais, eu sempre tive muito medo de
ser tocada, mesmo tendo confiança na pessoa. E aqueles momentos nunca se
afastaram da minha mente. Estar perto dele, por mais que eu tentasse disfarçar
pros outros e até para mim, sempre me fez mal.
Escrevi esse relato como uma forma de desabafo, com a
preocupação que eu tenho com as crianças que estão a todo o momento passando
por situações como essa, e com o medo que eu tenho de que ele possa repetir
essa história com outra criança que ele tem por perto hoje: a própria filha.
Esperar por justiça, em casos como esse, é quase que uma esperança perdida,
principalmente quando não se é denunciado. Por isso, deixo aqui meu apelo a
quem tiver a oportunidade: DENUNCIEM. Porque a inocência nos é tirada, a
angústia prevalece pelo resto da vida e não há nada que possa nos fazer sentir
melhor.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Depoimento do José
Boa tarde, Bya. Acatei suas sugestões de mudar o nome e de não corrigir o texto. Já faz tres anos que sigo os seus blogs e o seu trabalho. Noto a dificuldade que você tem de postar textos masculinos, talvez devido ao grande machismo existente nesse país. Por isso resolvi te escrever e autorizar a publicação do meu depoimento.
Meu nome é José, tenho 52 anos e sou do interior de Minas. Vim de uma família pobre: meu pai era encanador e também fazia vários concertos e minha mãe era dona de casa. Ao todo eramos 11 pessoas, 8 filhos,meus pais e minha avó. Moravamos numa casa pequena. Não lembro de ter levantado da mesa satisfeito, pois a comida era pouca. Também tinhamos poucos brinquedos e nunca comemoramos aniversários.
Quando eu tinha 10 anos, chegou um tio meu, vindo do garimpo para morar em casa. Demos um jeito, pois havia um pequeno galpão no fundo da casa cheio de tralhas. Minha mãe e minha avó deram um jeito de arrumar e meu tio ficou morando lá. Ele era muito sério e nunca sorria. Como não conseguiu um trabalho, fazia concertos na casa e ajudava a minha vó na horta. Também ganhava algum dinheiro com apostas. O tempo se passou e um pouco antes dos meus 12 anos ele ficou doente. Minha avó pediu que eu levasse um copo deleite para ele. Eu levei e ele ficou me observando. Quando acabou de tomar perguntou a minha idade e eu disse que ia fazer 12. Então ele comentou que nunca viu uma festa em casa, mas que gostava muito de mim e queria me dar um presente. Ele pediu segredo por causa dos outros e sorriu para mim. No dia do meu aniversário fui até o galpão e havia um carrinho de brinquedo e um pirulito. Ele disse que eu tinha que brincar lá e disse para eu comer o pirulito. Quando eu ia embora ele disse para voltar no dia seguinte para brincar e chupar mais um pirulito. Eu só não imaginava qual era o pirulito! Todos os dias ele me bolinava,mas nunca chegou a me estuprar. Minha mãe achava estranho a nossa "amizade" e um dia apareceu de surpresa. Foi um escandalo. Meu tio foi mandado embora e meu pai me deu uma surra daquelas, dizendo que me preferia ver morto do que ter um filho maricas. Como a cidade era pequena, todos ficaram sabendo e eu não podia mais sair na rua e nem ir a escola. Meus irmãos me desprezavam e todos me apontavam. O que eles não queriam acreditar é que meu tio me ameaçava: caso eu contasse, ele matava a minha mãe e a minha avó. Aguentei uns seis meses e depois fugi de casa. Fui para uma outra cidadezinha e fiz de tudo para ganhar dinheiro, menos roubar. O dono do bar onde eu usava o banheiro me chamou para ajuda-lo. Eu dormia no quarto dos fundos, tinha até um colchão e cobertor. Eu trabalhava muito e ele me ajudava com a comida, que era super farta. A esposa dele também gostou de mim já que eles não tinham filhos. Ela me ensinou a ler e escrever melhor e a fazer contas. No Natal eu ia na casa deles e ganhava até presente e roupa nova. Eu tinha contado toda a verdade para eles e o senhor começou a investigar. Conseguiu encontrar a minha família, que não queria mais saber de mim. Ficou sabendo que o meu tio tinha sido morto por molestar um outro menino. Eu já tinha 14 anos e precisava pensar no meu futuro. Ficou combinado que além de roupa, pouso e comida, eu ganharia um dinheiro que ia ser poupado. E assim foi feito até os meus 17 anos, quando os meus padrinhos de coração e de crisma me incentivaram a ir estudar numa cidade grande, fazer um supletivo e quem sabe uma faculdade. Foi tudo arranjado e quando parti, tinha um enxoval novo e muito dinheiro. Pois além do meu ganho, eles completaram com os deles. Essas pessoas maravilhosas já morreram e nunca, NUNCA vou poder esquecer o que fizeram por mim. Prometi amim mesmo ajudar alguém da mesma forma e hoje tenho 2 filhos adotados que sofreram abuso sexual e uma filha que foi vendida pelos pais como prostituta. Fiz o supletivo e a faculdade. Sou Assistente Social. Depois de muito tempo procurei a minha família. Minha mãe havia falecido e fui recebido como herói pelo resto da família, quando souberam que eu havia vencido na vida. Também venci na minha vida particular, pois tinha medo de ter virado gay e só fui ter relações com uma mulher aos 23 anos. Minha mulher até hoje.
Bya, eu só consegui vencer porque me estenderam a mão, acreditaram no meu potencial e não me rejeitaram. Você sempre escreve sobre isso no outro blog: a importância da aceitação e como a omissão e a rejeição prejudicam. Seus blogs viraram meus livros e tenho orgulho em poder ajudar de alguma forma. Muito obrigado pela oportunidade. Abraço, José.
Meu nome é José, tenho 52 anos e sou do interior de Minas. Vim de uma família pobre: meu pai era encanador e também fazia vários concertos e minha mãe era dona de casa. Ao todo eramos 11 pessoas, 8 filhos,meus pais e minha avó. Moravamos numa casa pequena. Não lembro de ter levantado da mesa satisfeito, pois a comida era pouca. Também tinhamos poucos brinquedos e nunca comemoramos aniversários.
Quando eu tinha 10 anos, chegou um tio meu, vindo do garimpo para morar em casa. Demos um jeito, pois havia um pequeno galpão no fundo da casa cheio de tralhas. Minha mãe e minha avó deram um jeito de arrumar e meu tio ficou morando lá. Ele era muito sério e nunca sorria. Como não conseguiu um trabalho, fazia concertos na casa e ajudava a minha vó na horta. Também ganhava algum dinheiro com apostas. O tempo se passou e um pouco antes dos meus 12 anos ele ficou doente. Minha avó pediu que eu levasse um copo deleite para ele. Eu levei e ele ficou me observando. Quando acabou de tomar perguntou a minha idade e eu disse que ia fazer 12. Então ele comentou que nunca viu uma festa em casa, mas que gostava muito de mim e queria me dar um presente. Ele pediu segredo por causa dos outros e sorriu para mim. No dia do meu aniversário fui até o galpão e havia um carrinho de brinquedo e um pirulito. Ele disse que eu tinha que brincar lá e disse para eu comer o pirulito. Quando eu ia embora ele disse para voltar no dia seguinte para brincar e chupar mais um pirulito. Eu só não imaginava qual era o pirulito! Todos os dias ele me bolinava,mas nunca chegou a me estuprar. Minha mãe achava estranho a nossa "amizade" e um dia apareceu de surpresa. Foi um escandalo. Meu tio foi mandado embora e meu pai me deu uma surra daquelas, dizendo que me preferia ver morto do que ter um filho maricas. Como a cidade era pequena, todos ficaram sabendo e eu não podia mais sair na rua e nem ir a escola. Meus irmãos me desprezavam e todos me apontavam. O que eles não queriam acreditar é que meu tio me ameaçava: caso eu contasse, ele matava a minha mãe e a minha avó. Aguentei uns seis meses e depois fugi de casa. Fui para uma outra cidadezinha e fiz de tudo para ganhar dinheiro, menos roubar. O dono do bar onde eu usava o banheiro me chamou para ajuda-lo. Eu dormia no quarto dos fundos, tinha até um colchão e cobertor. Eu trabalhava muito e ele me ajudava com a comida, que era super farta. A esposa dele também gostou de mim já que eles não tinham filhos. Ela me ensinou a ler e escrever melhor e a fazer contas. No Natal eu ia na casa deles e ganhava até presente e roupa nova. Eu tinha contado toda a verdade para eles e o senhor começou a investigar. Conseguiu encontrar a minha família, que não queria mais saber de mim. Ficou sabendo que o meu tio tinha sido morto por molestar um outro menino. Eu já tinha 14 anos e precisava pensar no meu futuro. Ficou combinado que além de roupa, pouso e comida, eu ganharia um dinheiro que ia ser poupado. E assim foi feito até os meus 17 anos, quando os meus padrinhos de coração e de crisma me incentivaram a ir estudar numa cidade grande, fazer um supletivo e quem sabe uma faculdade. Foi tudo arranjado e quando parti, tinha um enxoval novo e muito dinheiro. Pois além do meu ganho, eles completaram com os deles. Essas pessoas maravilhosas já morreram e nunca, NUNCA vou poder esquecer o que fizeram por mim. Prometi amim mesmo ajudar alguém da mesma forma e hoje tenho 2 filhos adotados que sofreram abuso sexual e uma filha que foi vendida pelos pais como prostituta. Fiz o supletivo e a faculdade. Sou Assistente Social. Depois de muito tempo procurei a minha família. Minha mãe havia falecido e fui recebido como herói pelo resto da família, quando souberam que eu havia vencido na vida. Também venci na minha vida particular, pois tinha medo de ter virado gay e só fui ter relações com uma mulher aos 23 anos. Minha mulher até hoje.
Bya, eu só consegui vencer porque me estenderam a mão, acreditaram no meu potencial e não me rejeitaram. Você sempre escreve sobre isso no outro blog: a importância da aceitação e como a omissão e a rejeição prejudicam. Seus blogs viraram meus livros e tenho orgulho em poder ajudar de alguma forma. Muito obrigado pela oportunidade. Abraço, José.
domingo, 29 de julho de 2012
Vítima de Pedófilos / Dhiogo José Caetano
Quanto medo.
Não entendia o comportamento daqueles monstros que conviviam à minha volta. Eu era simplesmente uma criança mas, mesmo assim, aqueles seres me atormentavam.
Fui perseguido, obrigado a fazer coisas que nem mesmo eu sabia o que era. Mas, dentro de mim, sentia que era algo errado e que não deveria ser feito. Mas aqueles monstros me obrigavam, me ameaçavam. E eu era obrigado a fazê-lo.
Eu me sentia culpado. Tinha medo e vergonha, também. Mas me sentia obrigado.
Dentro de mim um desalinho, pois sabia que algo errado estava acontecendo mas, ao mesmo tempo, tinha medo de contar e omitia pra mim mesmo aquela cena terrível.
Não fui violentado graça a Deus, mas foram inúmeras as vezes que me deparei com pessoas ditas honestas e humanas, que olharam pra mim, uma simples criança e diziam, olhando para o seu membro genital: “eu deixo você pegar”.
Não foi uma só pessoa; foram algumas pessoas em momentos diferentes da minha vida. Eu me sentia mal, me considerando culpado, um verdadeiro lixo.
Nada aconteceu no meu corpo físico, mas na alma ficaram as marcas de uma experiência que nunca será esquecida.
Fui utilizado como parte da fantasia sexual de indivíduos que se diziam humanos mas que, na verdade, não passavam de seres irracionais, monstros da pior espécie.
Acreditava que tudo acontecera comigo, era porque tinha que acontecer; mas viver tal experiência é um estigma que fica registrado na alma.
No decorrer da vida, encarei essa cruel realidade e sobrevivi e, hoje, busco defender pessoas que, como eu, foram traumatizadas por monstros que não respeitam ninguém.
Diga não à pedofilia.
Pois podemos ver ainda na atualidade a coisa acontecer em todos os lugares e de variadas formas, mas com um único ser; os mais especiais, puros e frágeis também: as nossas crianças que são usadas e humilhadas por monstros em forma de seres humanos.
A cada esquina um olhar enigmático, mas louco!
A cada passo um medo e, na garganta, um sufoco.
A cada momento nada se pensa, sobre o que aconteceu, o nosso corpo pode ser pertença de quem abusos tece. Mas tudo silencia e nada nos descansa quando surge um novo dia e alguém se apropria da doçura da alma de uma criança.
Por isso respeite as crianças. Seja humano e se coloque no lugar das mesmas, assim você verá, ou melhor, sentirá na pelo o medo, o desalinho da alma.
Autor: Dhiogo José Caetano
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=3692440&rasc=0
Não entendia o comportamento daqueles monstros que conviviam à minha volta. Eu era simplesmente uma criança mas, mesmo assim, aqueles seres me atormentavam.
Fui perseguido, obrigado a fazer coisas que nem mesmo eu sabia o que era. Mas, dentro de mim, sentia que era algo errado e que não deveria ser feito. Mas aqueles monstros me obrigavam, me ameaçavam. E eu era obrigado a fazê-lo.
Eu me sentia culpado. Tinha medo e vergonha, também. Mas me sentia obrigado.
Dentro de mim um desalinho, pois sabia que algo errado estava acontecendo mas, ao mesmo tempo, tinha medo de contar e omitia pra mim mesmo aquela cena terrível.
Não fui violentado graça a Deus, mas foram inúmeras as vezes que me deparei com pessoas ditas honestas e humanas, que olharam pra mim, uma simples criança e diziam, olhando para o seu membro genital: “eu deixo você pegar”.
Não foi uma só pessoa; foram algumas pessoas em momentos diferentes da minha vida. Eu me sentia mal, me considerando culpado, um verdadeiro lixo.
Nada aconteceu no meu corpo físico, mas na alma ficaram as marcas de uma experiência que nunca será esquecida.
Fui utilizado como parte da fantasia sexual de indivíduos que se diziam humanos mas que, na verdade, não passavam de seres irracionais, monstros da pior espécie.
Acreditava que tudo acontecera comigo, era porque tinha que acontecer; mas viver tal experiência é um estigma que fica registrado na alma.
No decorrer da vida, encarei essa cruel realidade e sobrevivi e, hoje, busco defender pessoas que, como eu, foram traumatizadas por monstros que não respeitam ninguém.
Diga não à pedofilia.
Pois podemos ver ainda na atualidade a coisa acontecer em todos os lugares e de variadas formas, mas com um único ser; os mais especiais, puros e frágeis também: as nossas crianças que são usadas e humilhadas por monstros em forma de seres humanos.
A cada esquina um olhar enigmático, mas louco!
A cada passo um medo e, na garganta, um sufoco.
A cada momento nada se pensa, sobre o que aconteceu, o nosso corpo pode ser pertença de quem abusos tece. Mas tudo silencia e nada nos descansa quando surge um novo dia e alguém se apropria da doçura da alma de uma criança.
Por isso respeite as crianças. Seja humano e se coloque no lugar das mesmas, assim você verá, ou melhor, sentirá na pelo o medo, o desalinho da alma.
Autor: Dhiogo José Caetano
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=3692440&rasc=0
sábado, 31 de março de 2012
Depoimento de uma amiga.
AMIGOS DOS ESTADOS UNIDOS E TODOS OS AMIGOS: POR FAVOR, QUEM PUDER AJUDAR OU DAR DICAS, INFORMAÇÕES, NÓS AGRADECEMOS IMENSAMENTE. É PRECISO FAZER ALGO PARA AJUDAR ESSA MULHER E SUA FILHINHA. NÃO DEIXEM ESSA SITUAÇÃO ABSURDA CONTINUAR...
Bya, boa noite,
Bya, boa noite,
Meu nome é ........., faço um relato, tentando situar a história em sua realidade, em face de que já ouvimos tantos julgamentos, nenhuma ajuda, com relação as escolhas de minha filha, por parte de muitos.
Eis o depoimento:
Minha filha mais velha, das 03(três), de um casamento absurdo, que durou 10(dez) anos (quando deixei o lar, já tendo ingressado no processo de separação judicial, c/c separação de corpos e alimentos) deixou marcas, sequelas em nós, em especial, nas crianças, porém a mais afetada foi justamente a primeira, J.A.
Eis um preambulo, para ingressar na história da filha primeira, que com tal bagagem de vida, aos 36(trinta e seis ) anos, ou seja, em 2004, segue viagem para os Estados Unidos, aonde sua irmã mais nova, K.S., a filha terceira, fora residir, tendo lá casado, com brasileiro, e estando para dar à luz, seu primeiro filho, e na impossibilidade de estar a mãe ali presente, em razão do ofício, não podendo ali voltar naquele ano, e tendo havido a iniciativa da J.A., em ir ao seu encontro, esclarecendo que havia também o anseio de ficar longe do Brasil, e quem sabe começar uma nova vida, e também, a exemplo da irmã, constituir família.
Aí, se inicia o sonho, que se transformou aos poucos, em uma realidade que não há termos para descrever em sua totalidade.
Em meados de 2005, J. A., a filha primeira, conhece no trabalho, ( que exercia em casa de milionários de uma ilha daquele país, na condição de pessoa de total confiança de um casal idoso, judeu), um técnico de refrigeração, homem mais velho 10(dez) que a mesma, criatura bem apessoada, poderia até mesmo ser descrito, como encantador, tendo sido apresentada a família do mesmo, que residia em cidade distante, sendo sua família, seu cartão de visitas, bela família católica praticante, enfim, vislumbrou J.A., a realização de seu sonho , ter uma família, casar , ter filhos. Passaram a viver sob o mesmo teto, ainda no ano de 2005, período em que solicitou a extensão do visto de estadia naquele país, tendo conseguido.
J.A., ouviu relatos do seu futuro marido, de grandes dificuldades com suas ex-esposas, se apresentando como uma vítima, de mulheres inescrupulosas, que o teriam feito muito infeliz, e inclusive, a primeira norte-americana, e a segunda sul americana, haviam tirado vantagens financeiras ao separar-se do mesmo, apresentando-se como uma vítima de tais esposas. Muito compadecida, apaixonada, deslumbrada com ele e sua familia, pais, irmãs e irmãos, todos vivendo distantes do mesmo, sendo o seu futuro marido, muito solitário, e até mesmo incompreendido por todos os vizinhos, dos quais não tinha uma boa aceitação. Relatava, grandes sofrimentos causados por ex companheiras, tendo a primeira, afastado a filha do casal de convivência com o mesmo.
J.A., envida esforços todos em reaproximar filha e pai, e financia a vinda da filha e do companheiro da mesma, para vir visitar o pai, em virtude de que a moça e o amigo, não detinham condições financeiras de realizar tal viagem. J. A., por sua vez, continuava trabalhando, e contribuindo com a mantença do seu novo lar.
O casal visitante, se instalou na casa, e logo, a situação restou caótica, visto que pai , filha e amigo, discordavam , discutiam, e havia um grande mal estar entre todos, havia segredos, que até então não conseguia penetrar. Logo depois, descobriu, que todos consumiam drogas, sendo um habito compartilhado pelos três.
A convivência se tornou insuportável para todos, ninguém se entendia, e J.A., era totalmente contrária ao uso de drogas, compartilhado entre pai , filha e futuro genro.
Ocorre então a ruptura das relações, indo o jovem casal viver junto, porém em outro endereço, J.A., tb. deixou a casa.
Após, alguns meses, por uma insistência beirando a "pressão total e absurda" J.A,, volta a conviver com o P.G., que jurou jamais fazer uso de drogas, alegando que a aproximação da filha, o fez relembrar o passado com a mãe da jovem.
Logo após, o casal sofre um acidente, em que J.A., quase perde a vida, tendo ficado sem condições de se auto cuidar, ficando totalmente a mercê de P.G., acidente em circunstâncias estranhas, e impossibilitou a jovem de realizar a renovação da extensão do seu visto, o que lhe seria concedido em face do acidente , que limitava sua locomoção , naquele momento.
Logo após, ainda no período da recuperação, J.A., passou a sofrer ameaças , abusos, enfim passou a sofrer violência doméstica explícita. Não mais suportando, foge e vai residir em MIAMI, onde passou a trabalhar, dividindo o apartamento com uma jovem modelo brasileira, que vivia viajando pelo mundo.
J.A., passa meses, felizes, trabalhando muito, tinha liberdade de ir e vir, visitava a irmã, visto que antes, devido ao comportamento do P.G., a vida em familia restou prejudicada.
P.G., após um grande período de buscas, reencontra J.A., novas juras , novas promessas, anel de noivado, pedido formal de casamento, e consequente regularização da situação junto a imigração, tudo conforme o figurino norte americano.
Resta esclarecer, que J. A., no Brasil, não apresentava muitos atrativos, tendo tido poucos pretendentes, ao contrário das irmãs, e até mesmo de amigas, e de repente, se sente alvo de tanta insistência de um cidadão que poderia ser encantador, quando queria , possuidor de alguns dons , entre os quais cozinhar.
J.A., comenta comigo, sua mãe, que seu sonho de casar vai se realizar, fora pedida em casamento, em outubro de 2006, e iria aceitar. Logo depois , J.A., comunica algo extraordinário, presumia estar grávida. Estava felicíssima , nunca a vira tão entusiasmada, e com a certeza da gravidez, o casamento se realiza, em dezembro de 2006. Viajam em lua de mel, à Disneylandia, J.A., enjoada em razão da gravidez, e seu marido, apresenta os mesmos problemas de relacionamento, acrescido de outros, Não aceitará ser pai de filha, quando confirmado o sexo, vem a tona o maior problema, P.G., enfim relata que fora alvo de acusação de abuso de uma enteada, que sua primeira esposa, levara para o casamento , e a criança contava apenas 01(ano), e na adolescência fora o mesmo acusado de abusar da filha adotiva, preso, fizera um acordo onde perdera tudo que possuía.
Um parêntesis : Muitos perguntavam ter o casamento objetivos financeiros, visando uma situação em face do status do seu marido norte americano, o que desde já , esclareço, ele é apenas um homem de classe média norte americano, um empregado do ramo de refrigeração, com imóvel adquirido sob financiamento, filho de policial, nascido no bairro do Queens, em N.Y., tendo ido residir em distante e pequena cidade do estado da FL.
Quando de sua versão dos fatos, informou ser listado como sex offender, tendo inclusive seu nome em lista do estado da FL., o que restou e resta comprovado.
J.A., com ameaça de aborto, devido aos novos acontecimentos , e o P.G.,seu marido, sem aceitar o nascimento de filha, ocasiona a saída do lar, fugindo , para salvar a filha que gestava, indo se resguardar em ABRIGO PARA MULHERES QUE SOFREM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, onde permaneceu por aproximadamente 03(tres) meses, do final do segundo mês de gravidez ao quinto, quando voltou a residir em MIAMI, tendo olvidado todas as solicitações naquele local recebidas, quanto a formalizar queixa contra o acusado marido, ter tido contatos com o mesmo, buscando aconselhamento para casais, o que , além de transgredir normas e orientações recebidas, não lhe foi de nada válido. Saiu, sem solução, sem nenhum auxílio financeiro, nenhuma definição do caso.
Retornando ao antigo apartamento em MIAMI, começou a trabalhar em loja brasileira, aí permanecendo até o final da gestação, quando em agosto de 2007, nasceu a filha, estando acompanhada de sua mãe, que ora digita a presente.
Mais uma vez retroage na decisão ,e agora com uma criança, e volta a sonhar em ter e dar uma família completa para a mesma, avisa a P.G., do nascimento e o recebe na hora do parto, mais uma vez, dando crédito as suas promessas, e acreditando na versão de ter sido vítima de uma história urdida para prejudica-lo e tirar vantagens.
Estando presente na ocasião, sem ter acesso a todas as informações, eu, a avó, via que as decisões, escolhas, não acertadas , porém diante da delicadeza da situação, do momento vivido, da ansiedade da filha de dar uma chance a si mesma, a filha e ao pai e marido, em outubro de 2007, assisti desolada, a "reconciliação", tendo a J.A., deliberado que deixaria seu apartamento em Miami, e volveria ao convívio com P.G.
Diante do pouco que sabia da real situação, da constatação de que a "reconciliação" era uma péssima decisão, com a saúde bastante abalada, pelas situações vivenciadas junto à filha , e neta, em casa do P.G., volto ao BRASIL, em novembro de 2007, sendo que o casal se separa de forma desastrosa em dezembro de 2007, tendo chamado o atendimento do 911, para se ausentar do lar, indo J.A., buscar ajuda no mesmo abrigo onde estivera no período da gestação.
Ao sair da casa do marido, em situação limite, deixa pra trás, o enxoval da filha, todo o mobiliário do quarto da criança , "todos" os seus objetos de uso pessoal, sua mudança total ( adquiridos com o fruto de seu trabalho e ajuda de mãe e irmã ) a certeza que em dias posteriores, poderia ir apanhar, conforme lhe fora repassado pela polícia, ocorre que até a data atual, nada lhe foi devolvido, em virtude de que , não houve a permissão do referido senhor para que fosse devolvido a quem de direito, os pertences acima descritos, apesar de todas as ações posteriores, inclusive ações judiciais.
Recomeça do zero, sequer possuía onde a filha por , para dormir; nem roupas para si e sua filha, nem calçados, nada.
Após alguns meses de extrema dificuldade, envida esforços em trabalhar, manter a filha, e regularizar sua situação junto à imigração, tendo conseguido, baseada em docs., sob a alegação comprovada documentalmente, de violência doméstica.
Instada pelas autoridades, pelas circunstâncias todas, ingressa com o pedido de alimentos em favor da filha, e em dez/2008, recebe intimação de ação de divórcio, onde requer exame de DNA, cogitando da real possibilidade de não ser o genitor da criança.
A família paterna, desde a separação, após o nascimento da neta, inicia um processo de afastamento total e irrestrito, muito embora reconheçam que não há porque duvidar da paternidade.
Daí em diante, realmente inicia-se a fase de horror real, vislumbra-se um inferno, onde houve um vale-tudo, se usou de todas as ações forjadas, artimanhas todas inimagináveis.
J.A., sempre foi uma moça simples, sem vaidades, não sendo o seu biotipo de brasileira, branca, magra, sem muitos atrativos físicos , porém muito inteligente intelectualmente, passou a enfrentar todo tipo de injúria e difamação.
Para acompanhamento processual , passou a ter que depender de advogado, o que onerou em muito a contratação, pelo auto custo que é ter um, naquele país, sendo que, contrata-se dentro do que se pode pagar, não tendo tido o direito de ser amparada pela Defensoria Pública , sob alegações diversas.
Nesse ínterim , passa a ter o direito de visitações paternas, apesar de seu passado de sex offender, devidamente registrado, onde a criança, em meados de 2010, portanto ainda antes de completar 03(três) anos, apresenta quadros e faz relatos de abusos sexuais, inclusive apresenta queixas na área genital, tendo os encontros sem supervisão terem sido liberados pela Corte.
Houve mudanças de advogados, os quais não agiam com correção profissional e apresentavam falhas inacreditáveis.
P. G., ganha todas as batalhas judiciais, até em fase recursal, conseguindo até mesmo, ser o declarante para fins de I.R., tendo o direito a devolução , muito embora nunca ter arcado com a mantença da criança; pagava o mínimo à título de pensão à criança, com direito a indicar escola em que estudaria, a religião que professaria. Indicou a escola em outro condado, em meio a uma miserável comunidade negra, algo totalmente irreal, até mesmo para a realidade pobre em que a criança vivia. Não concordando a mãe, teve que arcar com a diferença de pagamento; apesar de deter a guarda, não deduz no I.R., e teria que levar a filha até o condado em que o P.G., residia , tendo sido sempre a ordem judicial, em favor do adulto, e desfavor da infante.
P.G., nunca seguia as determinações da Corte, sempre realizando da forma que pretendia, sempre conseguindo com seus advogados, que fossem aceitas as suas condições, senão vejamos:
- Jamais fez exames para constatação de uso de substancias entorpecentes;
- Quando determinado o exame psiquiátrico, com médico indicado pela Corte, realizou com médico particular, paga as suas expensas, o qual declarou após consulta, que não portador de quaisquer distúrbios, estando apto a ter direito as visitações, sendo incabível alegação de abuso à filha.(Temos comprovação do pgto.).
- Durante todo o transcurso processual, a Corte aceitou a indicação de Guardiã do Juízo, à infante, de pessoa da confiança do referido senhor, que esteve durante o período de 02(dois)anos aproximadamente acompanhando o caso, tendo no período, visitado a guardanda por 02(duas) vezes; tendo sido , sempre , paga às expensas do mesmo, contrariando a norma do condado, de que a guardiã deveria ser pessoa indicada e paga pelas autoridades do estado,(Temos comprovação do pgto.)
- Durante o processo, as visitações, eram em condado diverso daquele em que a infante residia, sendo obrigatoriamente levada pela mãe, até o condado onde reside o mesmo.
- Transgredia com anuência das assistentes sociais e outras autoridades diretamente envolvidas, as normas da Corte, quando das visitações, em todos os aspectos, enfim fez sempre da maneira como quiz, em detrimento da infante.
A infante teve acompanhamento de Psicológa credenciando pelo governo daquele país, paga pelo governo, com especialidade em casos similares, pessoa de grande aceitação naquela comunidade, a qual apesar de remeter relatórios e constatado o abuso sofrido,
reiteradamente, mesmo quando de visitação supervisionada, não acatado seu parecer pela corte, onde apesar de marcar audiência, jamais chegou a ser ouvida e, ou levado em consideração o teor do relatório. Vale salientar, que a profissional, é brasileira nata, com cidadania norte americana, e fora alegado em audiência, o fato de ser brasileira, em desfavor do trabalho da mesma, apesar de ser profissional que balizada, inclusive pela mídia local, com entrevistas publicadas.
Buscamos a mídia local, há inclusive uma reportagem publicada, buscamos todas as autoridades ao nosso alcance, envidamos todos os nossos esforços, todas as nossas possibilidades financeiras, nada surtia efeito, nenhuma vitória em nossos intentos em favor da infante, e chegamos a atual situação:
Em julho p.p., após inúmeras audiências marcadas e desmarcadas sem comunicado pela Corte e advogados da mãe e advogado da filha; audiências semanais marcadas, com antecedência de menos de 10(dez) horas, ou seja, em cima da hora, em condado distante, decide a Corte e comunica o próprio Abusador, por mensagem telefônica, mensagem via email, na madrugada, de forma reiterada e ansiosamente doentia, que fora definitivamente deliberado pelo juízo, de que teria livre e total acesso a criança , a partir daquele dia , e a mãe, já acusada por muitos de ter entregue a filha para ser abusada, quando na realidade cumpria ordem judicial, decide, NÃO MAIS SE SUBMETER E SUBMETER A FILHA AOS DESMANDOS DE UMA ORDEM JUDICIAL , IMORAL, ILEGAL, INJUSTA, e põe no carro, o essencial, e sai, sem rumo, buscando, apenas e unicamente preservar a integridade física e mental da filha, minha neta, e desde então , encontra-se em destino incerto e desconhecido da justiça, abandonou tudo, se desfez de toda sua vida, casa, bens, um lar que havia novamente construído para a pequenina, que completou no mês seguinte ao ocorrido, 04(quatro) anos, longe de toda rede social de apoio, familiar, escolar, religiosa, em busca da PAZ!
Hoje, mãe e filha, tentam viver em PAZ, sabendo J.A., que a qualquer momento poderá ser localizada, entretanto não houve, não há outra alternativa, hoje, encontram-se em processo de viver cada dia, e apesar de se encontrarem longe de toda rede social , de toda a situação, há PAZ!
Não mais abusos de toda sorte, com a benção das autoridades constituídas, hoje é tempo de reconstrução, mas em HARMONIA !
Somente com as FORÇAS SOBRENATURAIS, A FÉ, A FIRMEZA, A FORTALEZA DE DEUS, O DIRECIONAMENTO DO CÉUS, pode chegar aonde chegou, e estar como se encontram, em PAZ, tendo a criança assistência social, e sendo comunicado a todos, por prova documental, do que estão "fugindo", fogem da injustiça, do abuso, do MAL!
Esperam um dia em que poderão ser pessoas que tenham uma vida normal, tendo o direito de conviverem em família, de ir e vir.
Esperam JUSTIÇA! Enquanto não chega, seguem vivendo e crendo que a Justiça tarda mas não pode e não deve faltar !
Em tempo: J. G., sex offender com registro no estado da FL/USA., usava como artifícios o uso de brinquedos todos, em sua casa, e somente lá a criança teria acesso aos mesmos , para evitar que fosse utilizado tal meio, adquiríamos um substituto, porque havia a sedução para a infante, e esclarecemos que se fossem realmente dela, poderia e seria usado pela mesma, lá ou onde estivesse. A casa do referido abusador, onde reside sozinho, localizada no final de condomínio, com frente para um grande gramado, tendo em frente um rio, e logo atrás uma reserva florestal, lá permaneceria quando das visitações.
Localização propícia para quem queira permanecer incomunicável.
O criminoso segue vivendo, trabalhando, manipulando, até quando, só DEUS sabe!HOJE, dia 26 de março de 2012, policiais, estiverem em casa de outra filha , em busca de notícias, fizeram perguntas, revistaram a casa, e deixaram dito que melhor será a "fugitiva" se entregar, entrando em contato com eles, que a criança será preservada, não sendo encaminhada para a guarda do pai biológico, etc e tal. Desde julho p.p., a criança vem sendo protegida, porque em fuga, dos abusos a que era submetida, com a "proteção de ordens judiciais absurdas". Encontra-se bem cuidada, em escola, tendo família que Deus lhe concedeu, em substituição a família brasileira, lá onde se encontra, pessoas sabem da real situação, estamos nas mãos de Deus, literalmente guardadas e protegidas.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Depoimento da Amanda
Comecei a Sofrer violência quando eu tinha23 anos de meu marido!. No começo ele era muito cuidadoso,carinhoso,se mostrava um amor de pessoa,depois fui ver que não era assim. A primeira vez que ele me bateu ele estava alcoolizado, me deu um empurrão e socos.No momento fiquei muito apavorada, abri a porta do carro e fui saltar com o carro ainda em movimento, ele me catou pelos cabelos e continuou a me dar socos me chamando de louca. .Ele começou a se mostrar mais agressivo, qdo qualquer movimento meu para ele era uma ameaça., Eu disse que ia denuncia-lo e queria o divorcio, foi qdo ele se mostrou mais agressivo e me ameaçava., eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia fazer nada. Me fechei feito uma lagarta no casulo!
Nunca tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Ai começou a acontecer o pior. Ele começou a me estrupar....era horrível, qdo ele arrancava minha roupa com força, me agredia pq eu não queria ...., rasgava minha calcinha, meu sutiã....segurava meus braços com toda força...com isso eu perdia minhas forças, minando ao ponto de ele fazer o que queria com meu corpo. Logo após sua satisfação... ele virava do lado e dormia. Qtas e qtas noites passei em claro chorando...mas nunca meus familiares soube disso..muito menos meus filhos.Tinha vergonha e medo!
Meus filhos se tornaram adultos, foi qdo minha filha entrou no quarto e viu a cena..eu nua no chão com a toalha jogada por cima(tinha acabado de sair do banho) estava me arrumando para sair pro meu trabalho, num ato de ciúmes total e doentio, começou a me bater, me jogou no chão e começou a me enforcar....eu respirava por um fio de cabelo de ar, eu estava morrendo...eu só escutava uma voz muito longe dizendo...::: mãe...respira..sou eu..sua filha..mãe .. por favor..respira...por favor respira...deleta de seu cérebro o que acabou de acontecer e respira..EU TE AMO MÂE !! Foi qdo consegui controlar meu cérebro e busquei La do fundo o ar. Esta foi a ultima vez que ele me bateu! Passou anos sem me bater, mas os estrupos continuavam..vivia roxa, por me prender .../foi qdo eu decidi ir embora e abandona-lo!! Fui embora, fiquei 01 mês fora/ninguém sabia o motivo, menti aos familiares e filhos que estava viajando para descanso em um casa de uma amiga! Qdo eu ligava para saber dos meus filhos...o que mais ouvia...ME PERDOE...VOLTE...TE AMO..//01 mês escutando estas mesmas palavras. Voltei....nunca mais me violentou.....mas e as surras?? Deu uma recaída a menos de 01 ano atras.foi qdo pela primeira vez tomei atitude, antes de denuncia-lo o meu maior prazer era que ele senti=se a minha dor...na hora do pânico a primeira coisa que vi foi um enfeite de barro que tinha na estante, catei o esfeite e quebrei na cabeça dele. Jorrava sangue pelas paredes, cortina e chão...ele gritava..e eu dura...feito uma pedra vendo aquela cena sem reação nenhuma. Estava sentindo prazer. Fui até a cozinha e peguei um pano de prato e segurei com força e cima do corte...eu curei a própria ferida dele...não precisou denuncia-lo !!!Sabe qdo ele me encostou de novo de 01 anos pra cá??? NUNCA MAIS ..Qdo ele “pensa”..(principalmente qdo bebe um pouco mais) .eu discirno e sou rápida na minha defesa. .Consegui quebrar todas as minhas barreiras. Vivo ainda com ele. Fiz 30 anos de casada...mas meu casamento nunca mais foi o mesmo e nunca será.Alguem talvez questione...o pq ela ainda vive com ele?? Não sei...talvez alguem algum dia consiga me explicar..pq eu não sei!!! Minha historia acabou...mas um dia quem sabe..começo a contar os abusos sexuais que minha filha viveu durante 20 anos sem eu jamais imaginar.....com meu próprio pai...um dia eu conto...!! UM DIA EU CONTO....
Nunca tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Ai começou a acontecer o pior. Ele começou a me estrupar....era horrível, qdo ele arrancava minha roupa com força, me agredia pq eu não queria ...., rasgava minha calcinha, meu sutiã....segurava meus braços com toda força...com isso eu perdia minhas forças, minando ao ponto de ele fazer o que queria com meu corpo. Logo após sua satisfação... ele virava do lado e dormia. Qtas e qtas noites passei em claro chorando...mas nunca meus familiares soube disso..muito menos meus filhos.Tinha vergonha e medo!
Meus filhos se tornaram adultos, foi qdo minha filha entrou no quarto e viu a cena..eu nua no chão com a toalha jogada por cima(tinha acabado de sair do banho) estava me arrumando para sair pro meu trabalho, num ato de ciúmes total e doentio, começou a me bater, me jogou no chão e começou a me enforcar....eu respirava por um fio de cabelo de ar, eu estava morrendo...eu só escutava uma voz muito longe dizendo...::: mãe...respira..sou eu..sua filha..mãe .. por favor..respira...por favor respira...deleta de seu cérebro o que acabou de acontecer e respira..EU TE AMO MÂE !! Foi qdo consegui controlar meu cérebro e busquei La do fundo o ar. Esta foi a ultima vez que ele me bateu! Passou anos sem me bater, mas os estrupos continuavam..vivia roxa, por me prender .../foi qdo eu decidi ir embora e abandona-lo!! Fui embora, fiquei 01 mês fora/ninguém sabia o motivo, menti aos familiares e filhos que estava viajando para descanso em um casa de uma amiga! Qdo eu ligava para saber dos meus filhos...o que mais ouvia...ME PERDOE...VOLTE...TE AMO..//01 mês escutando estas mesmas palavras. Voltei....nunca mais me violentou.....mas e as surras?? Deu uma recaída a menos de 01 ano atras.foi qdo pela primeira vez tomei atitude, antes de denuncia-lo o meu maior prazer era que ele senti=se a minha dor...na hora do pânico a primeira coisa que vi foi um enfeite de barro que tinha na estante, catei o esfeite e quebrei na cabeça dele. Jorrava sangue pelas paredes, cortina e chão...ele gritava..e eu dura...feito uma pedra vendo aquela cena sem reação nenhuma. Estava sentindo prazer. Fui até a cozinha e peguei um pano de prato e segurei com força e cima do corte...eu curei a própria ferida dele...não precisou denuncia-lo !!!Sabe qdo ele me encostou de novo de 01 anos pra cá??? NUNCA MAIS ..Qdo ele “pensa”..(principalmente qdo bebe um pouco mais) .eu discirno e sou rápida na minha defesa. .Consegui quebrar todas as minhas barreiras. Vivo ainda com ele. Fiz 30 anos de casada...mas meu casamento nunca mais foi o mesmo e nunca será.Alguem talvez questione...o pq ela ainda vive com ele?? Não sei...talvez alguem algum dia consiga me explicar..pq eu não sei!!! Minha historia acabou...mas um dia quem sabe..começo a contar os abusos sexuais que minha filha viveu durante 20 anos sem eu jamais imaginar.....com meu próprio pai...um dia eu conto...!! UM DIA EU CONTO....
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