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Nossas Histórias

ESSE BLOG É PARA CONTARMOS AS NOSSAS HISTÓRIAS, MOSTRAR A NOSSA LUTA E A NOSSA VITÓRIA...

domingo, 11 de novembro de 2012

Depoimento do Paulo

Me chamo Paulo. Venho de uma cidade do interior ao redor de várias outras. Tinha e ainda tenho família nessas cidades. Nós eramos pobres. Meu pai trabalhava num abatedouro e minha mãe também. Quando eu tinha cinco anos, meu irmão mais velho estava com dez e minha mãe estava grávida. Meu pai era muito mulherengo e largou da minha mãe. Nessa época meu irmão me estuprou e todos os dias ele abusava de mim. Um dia minha mãe voltou para casa e viu o que meu irmão estava fazendo. Ela me mandou ficar quieto e não disse nada para o meu irmão. Durante seis meses eu fiquei muito bravo e revoltado, então minha mãe disse que não suportava mais e me mandou morar na casa do pai e do irmão dela. Não sei o que era pior. Ser estuprado pelo meu irmão ou apanhar como um bicho do meu avô e do meu tio. Eu apanhava na cabeça e de cinto e de fio. Todos os dias. Depois de seis meses eu fugi para a capital e fui morar nas ruas. Não era tão ruim. Tinha um garoto que gostava e abusava de mim, mas também me dava proteção e comida. Com seis anos conheci o mundo das drogas e também conheci a música. O garoto que me protegia tinha um violão e me ensinou a tocar. Hoje eu ainda sou professor de música e vivo disso. Quando eu estava com dez anos, minha mãe me achou e levou para morar com ela. Meu irmão não estava lé e eu tinha uma irmã. Fui para escola e fui um bom aluno. Mas nunca larguei as drogas. Eu não era traficante, só usava. Aos 16 anos fugi de novo para outra capital. Vivi em várias capitais do país. Me sustentava com as aulas de violão e me prostituindo. Também transava com as mulheres, mas nunca senti tanto prazer como com os homens. Até hoje. Tive 3 filhos e hoje não transo mais com os homens. Só que não sinto prazer com as mulheres e me sinto muito infeliz. Fiz um tratamento para as drogas e em vez de quando fumo somente maconha. Não sou uma pessoa feliz e muitas vezes penso em morrer. Aconteceu muita coisa na minha vida, mas eu queria era nascer de novo e ter uma vida diferente.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Depoimento da Mariana


            2012, estou com 21 anos. Sou uma mulher como qualquer outra, tenho minha família, meus amigos, minha faculdade, meus relacionamentos. Mas há pouco mais de UMA DÉCADA atrás, passei por situações que não desejo a criança nenhuma. Parecia estar tudo bem. Eu tinha uma família unida, feliz, apesar dos pesares que todas as unidades familiares possuem. Mas dentro dela, havia (ainda há) uma pessoa sem laços sanguíneos que sempre me tratou bem e, conforme eu crescia, começou a se aproximar bem mais, e eu não via problema nisso, até gostava, porque ele sempre gostou muito de jogos, de brincadeiras, com um comportamento característico de uma própria criança.
            Todos os domingos nos reuníamos na casa da minha avó, onde eu morava na época. E ele começou a criar motivos pra me levar até a casa dele, sempre pra buscar alguma coisa, ou me levar pra brincar com algum jogo no computador. E as coisas foram ficando estranhas. Ele começou fazendo comentários como a comparação do formato do meu seio (que estava crescendo) com o de uma colega que eu tinha, e já tinha o seio um pouco mais formado. A segunda vez, tive o desprazer de ouvir “contos eróticos” que ele recitava enquanto lia na internet, sem entender porque diabos eu estava ouvindo aquilo. Já na terceira e última vez, as coisas pioraram bastante. Ele colocou uma fita pornô no vídeo cassete, sumiu por um tempo e voltou com as calças abaixadas, o pênis ereto e se masturbando. Eu me lembro de ter virado o rosto e dito “eu não quero ver isso”. Fui pra fora da casa. Ele me deu uma arma de chumbo pra atirar nas garrafas pet. Juro que se eu tivesse aquela arma na mão hoje, atiraria nele todas as balas de chumbo do mundo. Porque ele não queria que eu esquecesse o que aconteceu. Ele só queria um jeito de se aproveitar. Disse que ia me ensinar a atirar corretamente, e começou a passar as mãos em volta dos meus seios, que mal existiam direito. Eu sabia que aquilo estava errado. Eu queria contar pra alguém, mas como toda criança de 10 anos acha que vai se dar mal por tudo, tinha medo de brigarem comigo. Então a única coragem que consegui ter, foi de escrever uma carta para minha mãe. Escrevi. Entreguei. E ainda pedi “não fique brava”. Claro que ela ficou brava, e claro que não foi comigo. Foi com o doente do cunhado dela. Ela me abraçou, chorou. E sei que, como toda mãe, se culpou pelo que aconteceu com sua filha. Depois disso, a família inteira foi reunida, ela entregou a carta a ele e pediu explicações. Eu não estava presente, mas minha mãe disse que ele tremia e dizia “eu nem sei o que dizer sobre isso”. Claro que não, vai dizer o que? Que eu inventei tudo?
            Como o advogado que minha mãe procurou disse: “É a palavra de uma criança contra a dele e não existem provas. Com a experiência que eu tenho nesses casos, o tempo vai passar e vocês vão voltar a conviver.” E não deu outra. A relação mudou, por muito tempo não o vi. Mas depois de um tempo voltamos a nos ver em datas específicas, como aniversários e feriados familiares. Há até pouco tempo atrás, eu o cumprimentava e tentava suportar aquela voz fazendo piadas inúteis durante as refeições, muitas vezes direcionadas a mim. Será que ele pensa que, em algum segundo da minha existência, eu me esqueci daqueles momentos? Mas após uma discussão com minha tia (que aparentemente não havia nenhuma ligação com isso, mas com toda a raiva reprimida a situação voltou à tona), eu e minha mãe resolvemos cortar relações com essa parte da família quando minha tia preferiu ficar ao lado de seu marido, ao dizer que “em relação a isso, eu terei que provar”. A nossa conclusão foi que ele fez a cabeça dela, e ela nunca acreditou em mim. Na época, ela pediu a minha mãe: “Não o denuncie. Se você fizer isso, eu nunca mais falo com você.” Hoje minha mãe se arrepende de tê-la dado ouvidos. E hoje, como uma adulta com opinião formada, digo que deveríamos ter cortado relações naquela época e, sim, o denunciado. Também penso que alguém deveria ter me levado a um psicólogo, o que não aconteceu. Acredito que só quem passou por esse tipo de coisa consegue explicar como isso afeta a gente pra sempre. Os meus relacionamentos amorosos nunca foram normais, eu sempre tive muito medo de ser tocada, mesmo tendo confiança na pessoa. E aqueles momentos nunca se afastaram da minha mente. Estar perto dele, por mais que eu tentasse disfarçar pros outros e até para mim, sempre me fez mal.
            Escrevi esse relato como uma forma de desabafo, com a preocupação que eu tenho com as crianças que estão a todo o momento passando por situações como essa, e com o medo que eu tenho de que ele possa repetir essa história com outra criança que ele tem por perto hoje: a própria filha. Esperar por justiça, em casos como esse, é quase que uma esperança perdida, principalmente quando não se é denunciado. Por isso, deixo aqui meu apelo a quem tiver a oportunidade: DENUNCIEM. Porque a inocência nos é tirada, a angústia prevalece pelo resto da vida e não há nada que possa nos fazer sentir melhor.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Depoimento do José

Boa tarde, Bya. Acatei suas sugestões de mudar o nome e de não corrigir o texto. Já faz tres anos que sigo os seus blogs e o seu trabalho. Noto a dificuldade que você tem de postar textos masculinos, talvez devido ao grande machismo existente nesse país. Por isso resolvi te escrever e autorizar a publicação do meu depoimento.
Meu nome é José, tenho 52 anos e sou do interior de Minas. Vim de uma família pobre: meu pai era encanador e também fazia vários concertos e minha mãe era dona de casa. Ao todo eramos 11 pessoas, 8 filhos,meus pais e minha avó. Moravamos numa casa pequena. Não lembro de ter levantado da mesa satisfeito, pois a comida era pouca. Também tinhamos poucos brinquedos e nunca comemoramos aniversários.
Quando eu tinha 10 anos, chegou um tio meu, vindo do garimpo para morar em casa. Demos um jeito, pois havia um pequeno galpão no fundo da casa cheio de tralhas. Minha mãe e minha avó deram um jeito de arrumar e meu tio ficou morando lá. Ele era muito sério e nunca sorria. Como não conseguiu um trabalho, fazia concertos na casa e ajudava a minha vó na horta. Também ganhava algum dinheiro com apostas. O tempo se passou e um pouco antes dos meus 12 anos ele ficou doente. Minha avó pediu que eu levasse um copo deleite para ele. Eu levei e ele ficou me observando. Quando acabou de tomar perguntou a minha idade e eu disse que ia fazer 12. Então ele comentou que nunca viu uma festa em casa, mas que gostava muito de mim e queria me dar um presente. Ele pediu segredo por causa dos outros e sorriu para mim. No dia do meu aniversário fui até o galpão e havia um carrinho de brinquedo e um pirulito. Ele disse que eu tinha que brincar lá e disse para eu comer o pirulito. Quando eu ia embora ele disse para voltar no dia seguinte para brincar e chupar mais um pirulito. Eu só não imaginava qual era o pirulito! Todos os dias ele me bolinava,mas nunca chegou a me estuprar. Minha mãe achava estranho a nossa "amizade" e um dia apareceu de surpresa. Foi um escandalo.  Meu tio foi mandado embora e meu pai me deu uma surra daquelas, dizendo que me preferia ver morto do que ter um filho maricas. Como a cidade era pequena, todos ficaram sabendo e eu não podia mais sair na rua e nem ir a escola. Meus irmãos me desprezavam e todos me apontavam. O que eles não queriam acreditar é que meu tio me ameaçava: caso eu contasse, ele matava a minha mãe e a minha avó. Aguentei uns seis meses e depois fugi de casa. Fui para uma outra cidadezinha e fiz de tudo para ganhar dinheiro, menos roubar. O dono do bar onde eu usava o banheiro me chamou para ajuda-lo. Eu dormia no quarto dos fundos, tinha até um colchão e cobertor. Eu trabalhava muito e ele me ajudava com a comida, que era super farta. A esposa dele também gostou de mim já que eles não tinham filhos. Ela me ensinou a ler e escrever melhor e a fazer contas. No Natal eu ia na casa deles e ganhava até presente e roupa nova. Eu tinha contado toda a verdade para eles e o senhor começou a investigar. Conseguiu encontrar a minha família, que não queria mais saber de mim. Ficou sabendo que o meu tio tinha sido morto por molestar um outro menino. Eu já tinha 14 anos e precisava pensar no meu futuro. Ficou combinado que além de roupa, pouso e comida, eu ganharia um dinheiro que ia ser poupado. E assim foi feito até os meus 17 anos, quando os meus padrinhos de coração e de crisma me incentivaram a ir estudar numa cidade grande, fazer um supletivo e quem sabe uma faculdade. Foi tudo arranjado e quando parti, tinha um enxoval novo e muito dinheiro. Pois além do meu ganho, eles completaram com os deles. Essas pessoas maravilhosas já morreram e nunca, NUNCA vou poder esquecer o que fizeram por mim. Prometi amim mesmo ajudar alguém da mesma forma e hoje tenho 2 filhos adotados que sofreram abuso sexual e uma filha que foi vendida pelos pais como prostituta. Fiz o supletivo e a faculdade. Sou Assistente Social. Depois de muito tempo procurei a minha família. Minha mãe havia falecido e fui recebido como herói pelo resto da família, quando souberam que eu havia vencido na vida. Também venci na minha vida particular, pois tinha medo de ter virado gay e só fui ter relações com uma mulher aos 23 anos. Minha mulher até hoje.
Bya, eu só consegui vencer porque me estenderam a mão, acreditaram no meu potencial e não me rejeitaram. Você sempre escreve sobre isso no outro blog: a importância da aceitação e como a omissão e a rejeição prejudicam. Seus blogs viraram meus livros e tenho orgulho em poder ajudar de alguma forma. Muito obrigado pela oportunidade. Abraço, José.















domingo, 29 de julho de 2012

Vítima de Pedófilos / Dhiogo José Caetano

Quanto medo. 
Não entendia o comportamento daqueles monstros que conviviam à minha volta. Eu era simplesmente uma criança mas, mesmo assim, aqueles seres me atormentavam. 
Fui perseguido, obrigado a fazer coisas que 
nem mesmo eu sabia o que era. Mas, dentro de mim, sentia que era algo errado e que não deveria ser feito. Mas aqueles monstros me obrigavam, me ameaçavam. E eu era obrigado a fazê-lo.
Eu me sentia culpado. Tinha medo e vergonha, também. Mas me sentia obrigado.
Dentro de mim um desalinho, pois sabia que algo errado estava acontecendo mas, ao mesmo tempo, tinha medo de contar e omitia pra mim mesmo aquela cena terrível.
Não fui violentado graça a Deus, mas foram inúmeras as vezes que me deparei com pessoas ditas honestas e humanas, que olharam pra mim, uma simples criança e diziam, olhando para o seu membro genital: “eu deixo você pegar”.
Não foi uma só pessoa; foram algumas pessoas em momentos diferentes da minha vida. Eu me sentia mal, me considerando culpado, um verdadeiro lixo.
Nada aconteceu no meu corpo físico, mas na alma ficaram as marcas de uma experiência que nunca será esquecida.
Fui utilizado como parte da fantasia sexual de indivíduos que se diziam humanos mas que, na verdade, não passavam de seres irracionais, monstros da pior espécie.
Acreditava que tudo acontecera comigo, era porque tinha que acontecer; mas viver tal experiência é um estigma que fica registrado na alma.
No decorrer da vida, encarei essa cruel realidade e sobrevivi e, hoje, busco defender pessoas que, como eu, foram traumatizadas por monstros que não respeitam ninguém.
Diga não à pedofilia.
Pois podemos ver ainda na atualidade a coisa acontecer em todos os lugares e de variadas formas, mas com um único ser; os mais especiais, puros e frágeis também: as nossas crianças que são usadas e humilhadas por monstros em forma de seres humanos.
A cada esquina um olhar enigmático, mas louco!
A cada passo um medo e, na garganta, um sufoco.
A cada momento nada se pensa, sobre o que aconteceu, o nosso corpo pode ser pertença de quem abusos tece. Mas tudo silencia e nada nos descansa quando surge um novo dia e alguém se apropria da doçura da alma de uma criança.
Por isso respeite as crianças. Seja humano e se coloque no lugar das mesmas, assim você verá, ou melhor, sentirá na pelo o medo, o desalinho da alma. 

Autor: Dhiogo José Caetano
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=3692440&rasc=0
 



Foto: Vítima de Pedófilos


Quanto medo. 
Não entendia o comportamento daqueles monstros que conviviam à minha volta. Eu era simplesmente uma criança mas, mesmo assim,  aqueles seres  me atormentavam. 
Fui perseguido, obrigado a fazer coisas que nem mesmo eu sabia o que era.  Mas, dentro de mim, sentia que era algo errado e que não deveria ser feito.  Mas aqueles monstros me obrigavam,  me ameaçavam. E eu era obrigado a fazê-lo.
Eu me sentia culpado. Tinha medo e vergonha, também. Mas me sentia obrigado.
Dentro de mim um desalinho, pois sabia que algo errado estava acontecendo mas, ao mesmo tempo, tinha medo de contar e omitia pra mim mesmo aquela cena terrível.
Não fui violentado graça a Deus, mas foram inúmeras as vezes que me deparei com pessoas ditas honestas e humanas, que olharam pra mim, uma simples criança e diziam, olhando para o seu membro genital: “eu deixo você pegar”.
Não foi uma só pessoa; foram algumas pessoas em momentos diferentes da minha vida. Eu me sentia mal, me considerando culpado, um verdadeiro lixo.
Nada aconteceu no meu corpo físico, mas na alma ficaram as marcas de uma experiência que nunca será esquecida.
Fui utilizado como parte da fantasia sexual de indivíduos que se diziam humanos mas que, na verdade, não passavam de seres irracionais, monstros da pior espécie.
Acreditava que tudo acontecera comigo, era porque tinha que acontecer; mas viver tal experiência é um estigma que fica registrado na alma.
No decorrer da vida, encarei essa cruel realidade e sobrevivi e, hoje, busco defender pessoas que, como eu, foram traumatizadas por  monstros que não respeitam ninguém.
Diga não à pedofilia.
Pois podemos ver ainda na atualidade a coisa acontecer em todos os lugares e de variadas formas, mas com um único ser; os mais especiais,  puros e frágeis também: as nossas crianças que são usadas e humilhadas por monstros em forma de seres humanos.
A cada esquina um olhar enigmático, mas louco!
A cada passo um medo e, na garganta, um sufoco.
A cada momento nada se pensa, sobre o que aconteceu, o nosso corpo pode ser pertença de quem abusos tece. Mas tudo silencia e nada nos descansa quando surge um novo dia e alguém se apropria da doçura da alma de uma criança.
Por isso respeite as crianças. Seja humano e se coloque no lugar das mesmas, assim você verá, ou melhor, sentirá na pelo o medo, o desalinho da alma. 

Autor: Dhiogo José Caetano
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=3692440&rasc=0

sábado, 31 de março de 2012

Depoimento de uma amiga.

AMIGOS DOS ESTADOS UNIDOS E TODOS OS AMIGOS: POR FAVOR, QUEM PUDER AJUDAR OU DAR DICAS, INFORMAÇÕES, NÓS AGRADECEMOS IMENSAMENTE. É PRECISO FAZER ALGO PARA AJUDAR ESSA MULHER E SUA FILHINHA. NÃO DEIXEM ESSA SITUAÇÃO ABSURDA CONTINUAR...


Bya,  boa  noite,  
Meu nome  é  ........., faço  um relato, tentando  situar  a  história  em  sua  realidade,  em  face  de  que  já  ouvimos  tantos  julgamentos, nenhuma  ajuda, com  relação  as  escolhas  de  minha  filha,  por  parte  de  muitos.
Eis   o   depoimento:  

Minha   filha  mais  velha,  das  03(três),  de  um  casamento  absurdo,  que  durou  10(dez)  anos  (quando  deixei o lar,  já  tendo  ingressado  no  processo  de   separação  judicial,  c/c   separação  de  corpos  e  alimentos)   deixou  marcas,  sequelas   em  nós,  em especial,  nas  crianças,  porém    a  mais  afetada  foi justamente a  primeira,  J.A.  
Eis  um preambulo,  para  ingressar  na   história  da   filha  primeira,  que  com  tal  bagagem  de  vida,  aos   36(trinta  e  seis )   anos,  ou  seja,  em  2004,  segue   viagem  para  os  Estados  Unidos,   aonde   sua  irmã  mais  nova, K.S., a  filha  terceira,  fora  residir,  tendo lá  casado,  com  brasileiro, e  estando  para  dar  à  luz,  seu  primeiro  filho,  e  na  impossibilidade  de  estar  a mãe  ali  presente,  em  razão  do  ofício,  não  podendo  ali  voltar  naquele  ano, e tendo  havido  a  iniciativa  da  J.A.,  em ir  ao  seu  encontro,  esclarecendo  que  havia  também  o  anseio  de  ficar  longe  do  Brasil, e  quem  sabe  começar  uma  nova  vida,  e  também,  a  exemplo da  irmã,  constituir  família.
Aí,  se  inicia   o  sonho,  que  se  transformou  aos  poucos,  em  uma  realidade  que  não  há termos  para  descrever  em  sua   totalidade.  
Em   meados  de  2005,  J. A.,  a  filha  primeira,  conhece   no  trabalho, ( que  exercia  em  casa de  milionários  de  uma  ilha  daquele  país,  na condição de  pessoa  de  total  confiança  de  um  casal  idoso,  judeu),  um  técnico  de  refrigeração, homem  mais  velho  10(dez) que  a  mesma,   criatura  bem  apessoada,  poderia  até mesmo  ser  descrito,  como encantador,  tendo  sido  apresentada  a  família  do  mesmo,  que  residia em  cidade  distante,  sendo  sua  família,  seu  cartão  de visitas, bela  família  católica  praticante,  enfim,  vislumbrou  J.A.,  a  realização  de  seu  sonho ,  ter  uma  família,  casar  , ter  filhos.  Passaram  a  viver  sob  o  mesmo  teto,  ainda  no  ano  de  2005,  período  em  que  solicitou  a  extensão do  visto   de  estadia  naquele  país, tendo conseguido.  
J.A.,   ouviu   relatos  do  seu  futuro  marido,  de   grandes  dificuldades  com  suas  ex-esposas, se  apresentando  como uma  vítima, de  mulheres  inescrupulosas,  que  o teriam feito  muito infeliz,  e  inclusive,  a  primeira  norte-americana,  e a  segunda  sul  americana,  haviam  tirado vantagens  financeiras ao  separar-se  do  mesmo,  apresentando-se   como  uma  vítima   de  tais  esposas. Muito compadecida,   apaixonada,  deslumbrada  com  ele e sua  familia,  pais,  irmãs  e  irmãos,  todos  vivendo  distantes  do  mesmo,  sendo   o seu  futuro marido, muito  solitário,  e  até  mesmo  incompreendido por  todos  os  vizinhos,   dos  quais  não tinha  uma   boa  aceitação.  Relatava,  grandes  sofrimentos  causados  por   ex  companheiras,   tendo  a  primeira,  afastado  a  filha  do casal  de convivência  com  o  mesmo.
J.A.,  envida  esforços  todos  em    reaproximar  filha  e  pai,   e  financia   a  vinda  da  filha  e do  companheiro  da  mesma,  para  vir  visitar  o pai,  em  virtude  de  que  a  moça  e  o amigo,  não  detinham  condições   financeiras de  realizar  tal viagem.  J. A., por  sua  vez,  continuava  trabalhando, e  contribuindo com  a  mantença  do seu novo  lar.
O  casal visitante, se instalou  na  casa,  e  logo,  a situação restou  caótica,  visto  que  pai  ,  filha  e   amigo,  discordavam ,  discutiam,  e  havia   um  grande  mal  estar  entre  todos,  havia    segredos,  que até  então  não conseguia  penetrar.  Logo  depois,  descobriu, que    todos  consumiam   drogas,  sendo  um  habito compartilhado  pelos  três. 
A   convivência se  tornou  insuportável  para  todos,  ninguém  se  entendia,  e  J.A.,  era totalmente  contrária  ao uso  de  drogas,   compartilhado  entre  pai ,  filha  e  futuro genro.
Ocorre   então  a ruptura  das  relações,  indo  o  jovem   casal  viver  junto,  porém  em  outro endereço,  J.A.,  tb. deixou a  casa.
Após,   alguns  meses,  por  uma   insistência  beirando  a  "pressão  total  e  absurda"  J.A,,  volta  a  conviver  com  o  P.G.,  que  jurou  jamais  fazer  uso  de  drogas,  alegando  que  a  aproximação  da  filha, o  fez  relembrar  o  passado  com  a mãe  da   jovem.  
Logo  após,    o casal  sofre  um  acidente,  em  que  J.A.,  quase  perde  a  vida,  tendo  ficado  sem  condições de  se  auto cuidar,  ficando  totalmente  a mercê  de  P.G.,  acidente  em  circunstâncias  estranhas,  e  impossibilitou  a jovem  de realizar  a  renovação   da  extensão  do seu  visto,  o  que  lhe  seria  concedido  em  face  do  acidente ,  que  limitava   sua  locomoção ,  naquele  momento.
Logo  após,  ainda  no período  da  recuperação,   J.A.,  passou  a  sofrer ameaças  ,  abusos,  enfim  passou  a sofrer  violência  doméstica  explícita.  Não  mais  suportando,  foge  e  vai residir  em  MIAMI,  onde  passou  a  trabalhar, dividindo  o  apartamento  com uma  jovem  modelo  brasileira,  que  vivia  viajando pelo mundo.
J.A.,  passa   meses,  felizes,  trabalhando   muito,  tinha  liberdade   de  ir  e  vir,  visitava  a  irmã,  visto   que  antes,  devido  ao    comportamento  do  P.G.,   a  vida  em  familia  restou prejudicada.

P.G.,  após  um  grande  período  de   buscas,   reencontra   J.A.,  novas  juras , novas  promessas, anel  de  noivado, pedido formal de  casamento,  e  consequente regularização da  situação  junto  a  imigração,  tudo  conforme  o figurino norte  americano. 
 Resta  esclarecer,  que  J. A.,   no  Brasil,  não apresentava  muitos  atrativos, tendo  tido poucos  pretendentes,  ao contrário  das  irmãs,  e  até mesmo  de  amigas,  e  de  repente,  se  sente  alvo  de  tanta  insistência  de  um  cidadão  que  poderia  ser  encantador,  quando  queria ,  possuidor  de  alguns  dons ,  entre  os  quais cozinhar.
J.A.,   comenta  comigo,  sua mãe,  que  seu  sonho  de  casar  vai  se  realizar, fora  pedida  em  casamento, em  outubro de  2006, e  iria  aceitar.  Logo depois ,  J.A., comunica  algo    extraordinário,   presumia  estar  grávida.  Estava  felicíssima ,  nunca  a  vira  tão  entusiasmada,  e  com  a  certeza  da  gravidez,  o  casamento   se  realiza,  em  dezembro de  2006.  Viajam em  lua  de  mel,   à   Disneylandia,   J.A.,  enjoada  em  razão  da  gravidez,  e  seu  marido,  apresenta os  mesmos  problemas  de  relacionamento,  acrescido de  outros,  Não  aceitará  ser pai  de filha,  quando confirmado o  sexo,  vem  a  tona  o  maior  problema,  P.G.,  enfim  relata  que  fora  alvo de  acusação  de  abuso  de  uma  enteada,  que sua  primeira  esposa, levara  para  o  casamento , e  a  criança contava  apenas 01(ano),  e  na  adolescência   fora  o mesmo  acusado  de  abusar  da  filha  adotiva,    preso, fizera  um  acordo   onde  perdera  tudo   que  possuía.

Um  parêntesis : Muitos  perguntavam  ter  o  casamento  objetivos  financeiros,  visando  uma  situação  em  face do  status  do  seu  marido norte  americano,  o  que  desde  já ,  esclareço,  ele  é  apenas  um homem  de  classe  média  norte  americano, um   empregado  do  ramo  de   refrigeração, com   imóvel  adquirido  sob  financiamento,    filho  de  policial,  nascido  no  bairro  do  Queens, em N.Y.,  tendo ido  residir  em  distante  e  pequena    cidade  do estado  da  FL.
 Quando  de  sua  versão dos  fatos,   informou  ser  listado  como  sex offender,  tendo inclusive seu  nome  em  lista  do  estado  da  FL.,  o   que  restou  e  resta comprovado.

J.A., com  ameaça  de  aborto,  devido  aos  novos  acontecimentos , e  o  P.G.,seu  marido,  sem   aceitar  o  nascimento  de  filha, ocasiona  a  saída  do  lar,  fugindo , para  salvar  a  filha  que  gestava,  indo   se  resguardar  em   ABRIGO   PARA  MULHERES  QUE  SOFREM  VIOLÊNCIA   DOMÉSTICA,  onde  permaneceu  por  aproximadamente 03(tres)  meses,  do final  do  segundo  mês  de  gravidez  ao   quinto,  quando  voltou  a  residir  em  MIAMI,  tendo  olvidado  todas  as  solicitações  naquele  local  recebidas,  quanto  a  formalizar    queixa  contra  o   acusado  marido,  ter  tido contatos  com  o  mesmo,  buscando  aconselhamento  para  casais,  o que  ,  além  de   transgredir  normas  e  orientações  recebidas,  não  lhe  foi  de  nada  válido. Saiu,  sem  solução,  sem  nenhum  auxílio  financeiro,  nenhuma  definição do caso.
Retornando ao  antigo  apartamento  em  MIAMI,  começou  a  trabalhar    em   loja  brasileira,  aí  permanecendo   até  o final  da  gestação,  quando  em  agosto  de  2007,  nasceu  a  filha,  estando  acompanhada  de sua  mãe,  que  ora  digita  a  presente. 
Mais  uma  vez  retroage  na  decisão ,e  agora   com  uma  criança,  e  volta  a  sonhar  em  ter  e  dar  uma  família  completa  para  a  mesma,   avisa  a  P.G.,   do  nascimento  e  o  recebe  na  hora  do parto,  mais  uma  vez,  dando  crédito   as  suas  promessas,  e  acreditando  na  versão  de  ter  sido  vítima  de  uma  história   urdida  para  prejudica-lo   e  tirar  vantagens.

Estando presente  na  ocasião, sem  ter  acesso  a  todas  as  informações,  eu,  a  avó,  via  que  as  decisões, escolhas,  não  acertadas ,  porém  diante  da  delicadeza  da  situação,  do  momento  vivido, da  ansiedade  da  filha  de  dar  uma  chance  a  si  mesma,  a  filha e  ao  pai  e  marido,  em    outubro  de  2007, assisti  desolada,  a  "reconciliação",   tendo  a  J.A.,  deliberado  que  deixaria  seu  apartamento  em  Miami,  e   volveria  ao convívio  com  P.G.

Diante  do  pouco  que  sabia  da  real  situação,  da  constatação  de  que  a  "reconciliação" era  uma  péssima  decisão, com  a  saúde  bastante abalada,  pelas  situações   vivenciadas    junto  à filha ,  e  neta, em  casa  do P.G.,   volto  ao  BRASIL, em  novembro  de  2007,  sendo  que  o  casal  se   separa  de forma desastrosa  em  dezembro  de  2007, tendo  chamado   o  atendimento  do  911, para  se  ausentar  do  lar,   indo  J.A.,  buscar  ajuda  no mesmo  abrigo  onde  estivera  no período  da  gestação.  

Ao  sair  da  casa   do   marido,  em  situação limite, deixa  pra  trás,  o enxoval  da  filha, todo o  mobiliário do  quarto da   criança ,  "todos"  os  seus objetos  de  uso  pessoal,  sua  mudança    total (  adquiridos   com  o  fruto  de  seu  trabalho  e  ajuda  de  mãe  e  irmã )  a  certeza   que  em  dias   posteriores,  poderia  ir  apanhar,  conforme  lhe  fora  repassado pela  polícia,  ocorre  que  até  a  data  atual,  nada  lhe  foi  devolvido,  em  virtude  de  que ,  não  houve  a  permissão  do  referido senhor  para  que  fosse  devolvido  a  quem  de  direito,  os  pertences  acima  descritos,  apesar  de  todas  as   ações  posteriores,  inclusive  ações  judiciais.

Recomeça   do  zero,  sequer  possuía  onde  a  filha  por , para  dormir;  nem  roupas  para  si  e sua  filha,  nem  calçados,  nada.
Após  alguns  meses  de  extrema  dificuldade,  envida  esforços  em  trabalhar,  manter  a  filha, e  regularizar  sua  situação junto  à  imigração,  tendo  conseguido,  baseada   em  docs., sob  a alegação  comprovada  documentalmente,  de  violência  doméstica. 
Instada  pelas  autoridades,  pelas  circunstâncias  todas,  ingressa  com  o pedido  de  alimentos  em  favor  da  filha,  e  em dez/2008,  recebe  intimação  de  ação  de  divórcio, onde requer exame de DNA, cogitando  da  real  possibilidade  de  não  ser   o  genitor da  criança. 
A  família  paterna,   desde  a  separação,  após  o nascimento da  neta, inicia  um  processo  de  afastamento  total  e  irrestrito,  muito  embora  reconheçam  que   não  há  porque duvidar da  paternidade.
Daí  em  diante,  realmente  inicia-se  a  fase  de  horror  real,  vislumbra-se  um  inferno,  onde  houve  um  vale-tudo,  se  usou  de  todas  as  ações  forjadas,  artimanhas  todas  inimagináveis.

J.A.,  sempre  foi  uma  moça    simples,  sem  vaidades,   não  sendo  o  seu  biotipo  de  brasileira,  branca,  magra, sem  muitos  atrativos  físicos , porém  muito  inteligente  intelectualmente, passou  a  enfrentar  todo  tipo  de  injúria  e  difamação.
Para   acompanhamento  processual ,  passou  a  ter  que   depender  de  advogado,  o  que  onerou  em  muito  a  contratação,  pelo auto  custo  que  é  ter  um,  naquele  país, sendo  que,  contrata-se dentro  do  que  se  pode  pagar, não  tendo  tido  o direito de  ser  amparada  pela  Defensoria  Pública ,  sob  alegações  diversas.
Nesse  ínterim ,  passa  a  ter  o  direito  de  visitações  paternas,  apesar  de  seu  passado  de  sex  offender,  devidamente  registrado, onde  a  criança, em  meados  de  2010, portanto   ainda  antes  de  completar   03(três)  anos,  apresenta   quadros  e  faz  relatos  de  abusos   sexuais,  inclusive  apresenta  queixas  na  área  genital,  tendo  os encontros   sem  supervisão  terem  sido liberados pela  Corte.
Houve  mudanças  de   advogados,  os  quais  não  agiam  com  correção   profissional e  apresentavam  falhas  inacreditáveis.
P. G.,  ganha   todas  as  batalhas  judiciais,  até  em  fase  recursal,  conseguindo  até  mesmo,  ser  o  declarante  para  fins  de  I.R.,  tendo  o direito a  devolução ,  muito  embora  nunca  ter  arcado  com  a  mantença  da  criança;  pagava o  mínimo  à  título  de  pensão à  criança, com  direito  a indicar   escola  em que  estudaria,  a  religião  que  professaria.  Indicou  a  escola  em  outro condado,  em  meio  a  uma  miserável comunidade  negra, algo  totalmente  irreal,  até  mesmo para  a  realidade  pobre  em  que  a  criança  vivia. Não  concordando  a  mãe,  teve  que arcar com  a  diferença  de  pagamento;  apesar  de  deter  a  guarda,  não  deduz  no  I.R., e  teria que  levar  a  filha  até  o  condado  em  que  o  P.G., residia  , tendo sido  sempre  a  ordem  judicial,  em  favor  do  adulto, e desfavor da  infante.
P.G.,   nunca   seguia  as  determinações  da  Corte,  sempre  realizando  da forma  que  pretendia,  sempre  conseguindo   com  seus  advogados,  que  fossem  aceitas  as  suas  condições, senão  vejamos:

- Jamais  fez  exames  para  constatação  de  uso  de  substancias entorpecentes; 
- Quando determinado  o  exame  psiquiátrico,  com médico   indicado pela Corte,  realizou com  médico  particular,  paga as  suas  expensas,  o  qual  declarou  após   consulta,  que   não  portador  de  quaisquer  distúrbios, estando  apto  a  ter  direito  as  visitações,  sendo  incabível   alegação de abuso à  filha.(Temos  comprovação  do pgto.).
- Durante  todo  o  transcurso  processual,  a Corte aceitou a  indicação  de  Guardiã do  Juízo,  à  infante,  de   pessoa  da  confiança  do  referido  senhor,  que  esteve  durante  o  período  de 02(dois)anos  aproximadamente  acompanhando  o  caso,  tendo  no  período,  visitado  a  guardanda    por  02(duas)  vezes;  tendo  sido ,  sempre ,   paga  às  expensas  do mesmo,  contrariando  a  norma  do condado,  de  que a  guardiã  deveria  ser  pessoa  indicada  e  paga  pelas  autoridades  do  estado,(Temos comprovação  do pgto.)
- Durante  o  processo,  as  visitações,  eram  em  condado  diverso  daquele  em  que  a  infante residia,  sendo  obrigatoriamente   levada  pela  mãe,  até  o  condado  onde  reside  o mesmo.
- Transgredia   com   anuência  das  assistentes  sociais  e  outras  autoridades  diretamente  envolvidas, as  normas  da  Corte,  quando  das  visitações,  em  todos  os  aspectos, enfim  fez  sempre  da  maneira  como  quiz,  em  detrimento  da  infante.  
A  infante  teve  acompanhamento  de  Psicológa  credenciando pelo  governo daquele  país,  paga  pelo  governo, com  especialidade em  casos  similares,  pessoa  de  grande  aceitação  naquela  comunidade, a  qual  apesar  de  remeter  relatórios  e  constatado o  abuso  sofrido,  
reiteradamente,  mesmo quando de  visitação  supervisionada, não  acatado  seu  parecer  pela  corte, onde apesar de  marcar  audiência,  jamais  chegou a ser  ouvida e, ou  levado  em  consideração  o  teor  do  relatório.  Vale  salientar,  que  a  profissional, é  brasileira  nata,  com  cidadania    norte  americana,  e  fora  alegado em  audiência,  o fato  de  ser  brasileira,   em  desfavor  do  trabalho  da  mesma, apesar  de ser profissional  que  balizada, inclusive  pela  mídia  local,  com  entrevistas  publicadas.

Buscamos  a  mídia  local, há  inclusive  uma reportagem  publicada,  buscamos  todas  as  autoridades  ao  nosso  alcance,  envidamos  todos  os  nossos  esforços,  todas  as  nossas  possibilidades  financeiras, nada  surtia  efeito,  nenhuma  vitória  em  nossos  intentos  em  favor  da  infante,  e  chegamos  a  atual situação:
Em  julho  p.p.,  após  inúmeras  audiências  marcadas e  desmarcadas  sem  comunicado  pela  Corte  e  advogados  da  mãe  e  advogado da  filha;  audiências   semanais  marcadas,  com  antecedência    de  menos  de  10(dez)  horas,  ou  seja,  em cima  da  hora,  em  condado   distante,  decide  a  Corte  e  comunica  o  próprio  Abusador,  por   mensagem  telefônica,  mensagem  via  email,   na  madrugada,   de  forma  reiterada  e   ansiosamente  doentia,  que  fora  definitivamente  deliberado  pelo  juízo,  de que  teria livre  e  total  acesso  a  criança ,  a  partir  daquele  dia ,  e  a  mãe,  já acusada  por  muitos  de  ter  entregue  a  filha  para ser  abusada,  quando  na  realidade  cumpria  ordem  judicial,  decide,  NÃO  MAIS  SE  SUBMETER  E SUBMETER  A  FILHA  AOS  DESMANDOS  DE  UMA  ORDEM    JUDICIAL , IMORAL, ILEGAL,  INJUSTA,  e  põe  no  carro, o  essencial, e  sai,  sem  rumo,  buscando,  apenas  e  unicamente  preservar  a  integridade  física  e  mental  da  filha,  minha  neta,  e  desde  então ,  encontra-se  em  destino incerto e  desconhecido  da  justiça,  abandonou tudo,  se  desfez  de toda  sua  vida,  casa,  bens, um   lar  que havia  novamente  construído  para  a  pequenina,   que completou  no  mês  seguinte  ao   ocorrido,  04(quatro)  anos,  longe  de  toda  rede social  de  apoio, familiar,  escolar,  religiosa,  em  busca  da  PAZ!
  
Hoje,  mãe  e  filha,  tentam  viver   em  PAZ,   sabendo  J.A.,  que  a  qualquer  momento poderá ser  localizada, entretanto  não  houve, não há  outra  alternativa,   hoje,  encontram-se  em  processo  de  viver  cada  dia,  e  apesar  de  se encontrarem longe  de  toda rede  social  ,  de  toda  a  situação,  há  PAZ! 

 Não  mais abusos de  toda  sorte,  com  a  benção  das  autoridades  constituídas,  hoje  é  tempo  de  reconstrução,  mas  em  HARMONIA !
Somente  com  as  FORÇAS  SOBRENATURAIS,  A  FÉ,  A  FIRMEZA,  A  FORTALEZA  DE    DEUS,  O  DIRECIONAMENTO  DO  CÉUS,  pode   chegar  aonde  chegou, e  estar  como  se  encontram,  em PAZ,  tendo  a  criança  assistência  social, e  sendo  comunicado  a todos,  por prova documental, do que  estão  "fugindo",  fogem  da injustiça,  do  abuso, do  MAL!
Esperam  um  dia em que  poderão  ser  pessoas  que  tenham  uma  vida normal,  tendo  o  direito de  conviverem  em  família,  de  ir  e  vir.
Esperam   JUSTIÇA! Enquanto  não  chega, seguem  vivendo  e  crendo  que  a   Justiça  tarda mas   não  pode  e  não  deve  faltar ! 





Em  tempo:  J.  G.,  sex  offender  com  registro no  estado  da FL/USA.,  usava   como  artifícios o uso  de  brinquedos  todos, em  sua  casa,   e somente  lá  a  criança  teria  acesso   aos  mesmos ,  para  evitar  que fosse  utilizado  tal  meio, adquiríamos  um  substituto,  porque havia a sedução  para  a  infante, e  esclarecemos  que  se  fossem  realmente  dela,  poderia e seria  usado pela  mesma, lá  ou  onde estivesse.  A casa  do  referido  abusador, onde  reside  sozinho, localizada  no  final  de  condomínio,  com  frente  para  um  grande  gramado,  tendo  em  frente  um  rio, e  logo  atrás  uma  reserva  florestal,   lá  permaneceria  quando  das  visitações. 
Localização propícia  para quem  queira   permanecer  incomunicável.
O criminoso  segue  vivendo, trabalhando, manipulando, até quando,  só DEUS  sabe!
HOJE,  dia  26   de  março   de  2012,  policiais,  estiverem  em  casa  de  outra  filha ,  em  busca  de  notícias, fizeram   perguntas,  revistaram  a  casa,  e  deixaram  dito  que  melhor  será    a  "fugitiva" se  entregar,  entrando  em  contato  com  eles,  que a  criança  será  preservada,  não   sendo  encaminhada  para  a  guarda  do  pai  biológico,  etc  e  tal.  Desde  julho  p.p.,  a  criança  vem  sendo  protegida, porque  em  fuga,  dos  abusos  a  que  era  submetida,  com  a  "proteção  de  ordens  judiciais  absurdas". Encontra-se  bem  cuidada,  em  escola,  tendo  família  que  Deus  lhe  concedeu,  em  substituição  a  família  brasileira,  lá  onde  se  encontra,  pessoas  sabem  da  real  situação,  estamos  nas  mãos  de  Deus,  literalmente  guardadas   e  protegidas. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Depoimento da Amanda

Comecei a Sofrer violência quando eu tinha23 anos de meu marido!. No começo ele era muito cuidadoso,carinhoso,se mostrava um amor de pessoa,depois fui ver que não era assim. A primeira vez que ele me bateu ele estava alcoolizado, me deu um empurrão e socos.No momento fiquei muito apavorada, abri a porta do carro e fui saltar com o carro ainda em movimento, ele me catou pelos cabelos e continuou a me dar socos me chamando de louca. .Ele começou a se mostrar mais agressivo, qdo qualquer movimento meu para ele era uma ameaça., Eu disse que ia denuncia-lo e queria o divorcio, foi qdo ele se mostrou mais agressivo e me ameaçava., eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia fazer nada. Me fechei feito uma lagarta no casulo!
Nunca tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Ai começou a acontecer o pior. Ele começou a me estrupar....era horrível, qdo ele arrancava minha roupa com força, me agredia pq eu não queria ...., rasgava minha calcinha, meu sutiã....segurava meus braços com toda força...com isso eu perdia minhas forças, minando ao ponto de ele fazer o que queria com meu corpo. Logo após sua satisfação... ele virava do lado e dormia. Qtas e qtas noites passei em claro chorando...mas nunca meus familiares soube disso..muito menos meus filhos.Tinha vergonha e medo!
Meus filhos se tornaram adultos, foi qdo minha filha entrou no quarto e viu a cena..eu nua no chão com a toalha jogada por cima(tinha acabado de sair do banho) estava me arrumando para sair pro meu trabalho, num ato de ciúmes total e doentio, começou a me bater, me jogou no chão e começou a me enforcar....eu respirava por um fio de cabelo de ar, eu estava morrendo...eu só escutava uma voz muito longe dizendo...::: mãe...respira..sou eu..sua filha..mãe .. por favor..respira...por favor respira...deleta de seu cérebro o que acabou de acontecer e respira..EU TE AMO MÂE !! Foi qdo consegui controlar meu cérebro e busquei La do fundo o ar. Esta foi a ultima vez que ele me bateu! Passou anos sem me bater, mas os estrupos continuavam..vivia roxa, por me prender .../foi qdo eu decidi ir embora e abandona-lo!! Fui embora, fiquei 01 mês fora/ninguém sabia o motivo, menti aos familiares e filhos que estava viajando para descanso em um casa de uma amiga! Qdo eu ligava para saber dos meus filhos...o que mais ouvia...ME PERDOE...VOLTE...TE AMO..//01 mês escutando estas mesmas palavras. Voltei....nunca mais me violentou.....mas e as surras?? Deu uma recaída a menos de 01 ano atras.foi qdo pela primeira vez tomei atitude, antes de denuncia-lo o meu maior prazer era que ele senti=se a minha dor...na hora do pânico a primeira coisa que vi foi um enfeite de barro que tinha na estante, catei o esfeite e quebrei na cabeça dele. Jorrava sangue pelas paredes, cortina e chão...ele gritava..e eu dura...feito uma pedra vendo aquela cena sem reação nenhuma. Estava sentindo prazer. Fui até a cozinha e peguei um pano de prato e segurei com força e cima do corte...eu curei a própria ferida dele...não precisou denuncia-lo !!!Sabe qdo ele me encostou de novo de 01 anos pra cá??? NUNCA MAIS ..Qdo ele “pensa”..(principalmente qdo bebe um pouco mais) .eu discirno e sou rápida na minha defesa. .Consegui quebrar todas as minhas barreiras. Vivo ainda com ele. Fiz 30 anos de casada...mas meu casamento nunca mais foi o mesmo e nunca será.Alguem talvez questione...o pq ela ainda vive com ele?? Não sei...talvez alguem algum dia consiga me explicar..pq eu não sei!!! Minha historia acabou...mas um dia quem sabe..começo a contar os abusos sexuais que minha filha viveu durante 20 anos sem eu jamais imaginar.....com meu próprio pai...um dia eu conto...!! UM DIA EU CONTO....