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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Coração Quebrado / Bya Albuquerque

Em nove meses tive meu segundo princípio de infarto. Altamente doloroso e desagradável. Senti os sintomas, mas como da primeira vez, não dei muita atenção e demorei a procurar socorro. Esse fato poderia ter me custado a vida. 
Esse é o maldito legado do meu pai. Não bastou me violentar sexualmente e emocionalmente...não bastou privar-me das melhores coisas que a adolescência e a juventude podem oferecer...não bastou todas as calúnias e atos dignos de um psicopata que separou-me totalmente da família e de outras pessoas que eu apreciava. Deixou-me também a saúde física precária, influenciada pela falta de saúde emocional (depressão e stress pós traumático). Meu corpo e minha alma foram brutalmente e cruelmente violados...mutilados. Já sitei várias consequências do abuso sofrido por mim nesse blog. Nenhum deles é tão letal como a incerteza se amanhã estarei em pé...cuidando de mim e dos meus filhos...fazer a faculdade de psicologia...trabalhar...simplesmente viver.
Imagino que muitos poderão considerar esse texto agressivo...escrito por uma pessoa extremamente revoltada. Porém não é assim. A revolta já passou faz muito tempo, mas tenho o direito de ficar brava SIM com toda essa situação. Muitos esquecem que sou a VÍTIMA...que nunca desejei isso para mim. E uma coisa que aprendi com a terapia que não devo sentir vergonha de todos esses fatos e que falar alivia e faz bem.
Vou citar alguns dos sintomas, para que outras mulheres não subestimem as dores ou o mal estar.
Os dois novos sintomas, que exatamente chamaram a minha atenção pelo fato de raramente senti-los foram: azia e dor nas costas.
Outros: suor intenso...enjoo e ânsia de vomito, chegando a vomitar tomando só água... uma fadiga intensa...dor no peito como se tivesse um bloco de concreto esmagando o mesmo... falta de ar... pontadas no coração... dor no braço esquerdo... formigamento nas mãos. Esses são também os sintomas (segundo o cardiologista) da Síndrome de Pânico, que graças a Deus não tenho e nunca tive.
Esse meu pequeno relato intenciona duas coisas: mostrar às pessoas como uma violência é brutal em todos os sentidos e que nós, mulheres, precisamos ficar alertas e atentas aos certos sintomas...nunca os subestimando.



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