Um abusador, às vezes, tenta disfarçar o abuso que pratica dizendo apenas ter feito um carinho na vítima, "com todo respeito", sem nenhuma conotação sexual. São exemplos:
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terça-feira, 30 de abril de 2013
O ABUSO SEXUAL ÀS VEZES SE DISFARÇA DE CARINHO / ELZA AUGUSTA DE OLIVEIRA
SÃO VÁRIOS DEPOIMENTOS COLETADOS DAS CRIANÇAS ABUSADAS...
Um abusador, às vezes, tenta disfarçar o abuso que pratica dizendo apenas ter feito um carinho na vítima, "com todo respeito", sem nenhuma conotação sexual. São exemplos:
Um abusador, às vezes, tenta disfarçar o abuso que pratica dizendo apenas ter feito um carinho na vítima, "com todo respeito", sem nenhuma conotação sexual. São exemplos:
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Depoimento do Sobrevivente
Gostaria de compartilhar com vocês do blog, meu
testemunho...
Chamo-Me SOBREVIVENTE, e assim
me identificarei. Desde pequeno gostava muito de brincar na rua com meus amigos
ao qual me divertia demais, casinha, esconde-esconde, rouba bandeiras, e
algumas brincadeiras de meninas. Na época tinha trejeitos femininos, voz fina, convivi
minha infância inteira com meu irmão minha mãe e minha irmã, pois meu pai na
época não vivia mais com minha mãe.
Um dia
veio um primo do meu amigo da rua pra cá junto com sua família, ele devia ter
uns 14 anos época. Eu com aquele jeito todo delicado, e ele só reparando em
mim, no começo ele vinha como se fosse um amigão trazia doce, bagunçava na rua
tentando se aproximar da gente, e ele só reparando em mim.
Um dia conversando com ele e o
primo dele, falei que minha irmã estava namorando um cara em casa, e os dois
ficavam sozinhos na sala e ela me mandava sair mais um dia eu tinha flagrado o
namorado da minha irmã agarrando ela, ai sabe como é criança vai lá sem maldade
e fala como se fosse maior naturalidade, e ele mais velho já tinha malicia foi
o que prendeu atenção dele mais agora em mim. Ai naquele dia ele inventou de
brincar de esconde- esconde numa casa em construção na rua eu, ele e o primo
dele que na época tinha mesma idade que eu por volta de uns 6 anos. Ai ele teve
a idéia de pedir para o primo dele bater, e nós dois iríamos se esconder em uma
casa abandonada para que ele depois nos achasse e pediu para o primo dele contar
até 100 bem longe dali. Entramos num cômodo e ele me mandou ir junto com ele. La
ele me mandou sentar no colo dele, não entendi o porquê mais sentei, então ele
ficava se roçando em mim, sentia sua respiração ofegante no meu pescoço, e
ficava me acariciando, ai ele falou “Era assim que ele fazia com sua
irmã." Meu corpo tremia todo, pois não entendia o que estava acontecendo.
O primo dele apareceu, e ele disfarçou e disse: "Vai corre." Pra que
eu pudesse sair correndo e ele se levantar e se ajeitar da sua ereção. Ele não
se contentou apenas em roçar em mim ele queria algo mais.
Naquele mesmo dia ele e o
primo dele marcaram então de ir até umas pedras que tinham próximo de casa e lá
a gente jogaria uns carrinhos e ia buscar novamente, são umas pedras onde é
todo cercado de árvores. Então ele pediu para minha mãe me deixar ir. E ela nem
imaginava o que iria acontecer mais ela deixou. Lá a gente jogou os carrinhos e
ele com a maravilhosa idéia de "Eu e o SOBREVIVENTE vamos lá pegar e você
fica aqui esperando a gente voltar." Jogamos o carrinho e fomos descer lá
pra pegar e como era muito mato não dava pra ver la de cima. Ele me segurou e
falou: "Vem aqui, encosta ai agora. Deita no chão e abaixa o shorts.” Já
foi abaixando a calça dele e falou: “Vou te mostrar como ele fez com sua irmã,
abre bem as pernas, abre ele pra eu colocar meu pau em você." Eu estava
com medo não sabia o que estava acontecendo, então fui lá e fiz como ele falou
me deitei no chão de terra e fiz o que ele falou. Ai ele veio e deitou por cima
de mim, e roçava em mim, gemia, foi os piores momentos da minha vida, eu não me
lembro o que aconteceu depois que ele se deitou em cima de mim. Acho que Deus
apagou aqueles momentos nojentos da minha memória, pois só me lembro de
levantar o shorts e sair correndo com medo. O primo dele me gritou "A AONDE
VOCÊ VAI." E eu não disse nada pra ele, SÓ CORRI, CORRI... Corri o máximo
que eu pude, num ônibus vinha minha irmã que foi logo me perguntando o que
tinha acontecido e eu não sabia o que falar, menti na hora falei que minha mãe
tinha me deixado sozinho e eu vim correndo. Ai quando chegamos minha mãe tava
na casa da minha tia e ela falou "Olha a mãe aqui". Mais não
perguntou mais nada.
Tomei banho não entendendo o
que era aquilo que tinha acontecido. Lembro de ter ficado umas horas olhando pela
janela tentando entender o que tinha sido tudo aquilo.
Só vim, a saber, sobre
pedofilia e estupro com 12 anos na escola numa aula sobre violência domestica, não
tinha a TV divulgando casos como hoje, na escola não se falava sobre isso.
Sofri muito com isso me isolei
em casa, sai na rua poucas vezes e ele passava por mim como se nada tivesse
acontecido.
Havia um tio que era muito
pornográfico, ele vivia falando de sexo para gente pervertido, ele vinha com
umas idéias “Se você pegar no meu pau eu te dou dinheiro.” A noite ele me via
La do lado de fora e vinha com o pênis na mão dizendo que se eu o pegasse me
pagava, eu saia correndo.
Foi uma infância terrível. Pra
todo lugar que eu olhava não tinha esperança.
Tempo depois um dia eu e meu
primo ficamos sozinhos em casa decidimos brincar, ai de dar sustos um no outro.
Apagamos todas as luzes e fechamos todas as janelas ficou tudo escuro, ai fui
pra um dos quartos ai fingi que estava morto, ai ele veio achando que eu tava
dormindo. Fiquei La até fingindo ronco, ai ele se aproximou de mim ali no chão
eu fiquei lá sem me mexer. Dentro de mim ele ia pegar me acordar e pronto mais
não, ele pegou abaixo minha calça e a dele e roçava o pênis em mim, na hora eu
me assustei, não consegui me mexer, meu corpo travo, não sei explicar ele fico
La, (Ele é filho do tio que ficava mostrando o pênis pra mim, deis de pequeno
ele ficava induzindo ele sobre sexo) ele pego achando que eu tava mesmo
dormindo foi La levanto minha calça com todo cuidado e saiu eu fiquei ali no chão
sem me mexer ai ele saiu e entro e veio de novo: “Ei acorda.” Como se nada
tivesse acontecido, eu dentro de mim me senti um lixo. Aquilo se perdurou por
alguns meses ele vinha sempre e fazia aquilo enquanto eu estava dormindo na
casa dele.
Senti voltar às marcas do
Passado de novo em mim, achei que haviam se cicatrizado, mas não abriram de
novo.
Um dia na sala de aula só
porque o professor me mandou escrever um aviso na lousa todos da sala zombaram
de mim gritavam bem alto, batiam nas carteiras "TU É GAY TU É GAY QUE EU
SEI." Foi algo tão humilhante, as pessoas que eu achava que eram meus amigos
estavam La zombando de mim...
Estava sem amigos sem ninguém agora ficava
sozinho na hora do intervalo. Aquilo foi me oprimindo, me tornei um adolescente
depressivo, não queria saber mais de nada abandonei muitas coisas...
Tempo depois houve um primo que havia acabado
de perder os pais então começou a morar na casa da minha Vó, ele era meio
solitário e tentava de tudo chamar atenção. Foi ai que me aproximei dele, no
quarto do meu Vô tinha umas revistas eróticas que eu e ele olhávamos e ele ia
lá e se masturbava na minha frente, e além do mais ele me pedia para masturbá-lo,
isso era com freqüência toda vez que eu ia lá, ele falava se eu não fizesse que
ele ia falar pra todo mundo. Isso só
parou no dia em que ele foi morto por uma divida de drogas.
Uma amiga aqui da rua começou
a ir para a igreja e então tentou me ajudar, me convidou para ir com ela. Não
conseguia falar o que eu sentia, tinha vergonha de mim mesmo.
Um dia eu fui com ela, nem
imaginava o que iria acontecer naquele dia, chorei bastante, precisava de
alguém que preenchesse o vazio que existia em mim. Abri meu coração naquele dia
para que Jesus completasse aquele espaço vago pela solidão, pois eu não me
permitia ser feliz, queria amar alguém, mais não tinha essa opção. Era feliz da
boca pra fora mais só Deus sabe quantas noites eu chorei.
Jesus entrou de um modo especial
em minha vida, preencheu minhas carências afetivas, me fez perdoar aqueles que
me fizeram mal na infância. O primeiro garoto que me violentou quando era
pequeno não o vi mais, fiquei sabendo que ficou louco perdoei ele pelo que fez
comigo, perdoei meus primos também, mais aprendi a me perdoar, me amar parar de
me condenar. Você acha que foi fácil tirar o peso de tudo isso? No inicio pra
falar pra vocês não foi não. Hoje vejo que Jesus disse "O Meu fardo é Leve
meu Filho." Entreguei nas mãos Dele.
E Ele Luta minhas Lutas diárias.
Hoje ajudo a muitos jovens
como eu que passam ou passaram por estas mesmas situações. Tenho meu Canal no
Youtube chamado SEU SILÊNCIO A SÉRIE. Sou ministro da palavra de Deus e levo
sua palavra e meu testemunho por onde o Senhor tem me levado.
Jesus me ensina cada dia, Amar aqueles que me
odeiam, AJUDAR, como tenho feito para tantos jovens que como eu que sofrem e
sofreram em suas vidas tantas pedradas, você não esta SÓ... JESUS AMA Você...
Sobrevivente
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Depoimento da amiga Lya
Um dia uma menina estava brincando no quintal do sitio onde seus avos viviam com um de seus primos que tinha a mesma idade que ela 6 anos na época a menina tomava banho com o primo no tanque do lado de fora no quintal ela estava feliz apesar de estar longe de sua mãe e de seu pai que avião se separado mais ela estava com os avos paternos por quem tinha muito amor e carinho e se sentia segura sua avó estava um pouco doente já na quela época pois bem alguns de seus primos mais velhos e amigos de seus primos e de sua família estavam também nesse sitio de passeio enquanto ela se detraía tomando banho no tanque um de seus primos a chamou para lhe contar uma coisa um segredo que só ela podia saber como toda criança ela curiosa e toda molhada foi ate ele ele a levou pra perto dos outros meninos que começaram a lhe falar.
-você sente falta da sua mãe? Perguntou eles
-eu sinto sim muita falta, ela disse.
-nós sabemos onde ela esta
-e nos temos uma carta dela pra você temos o telefone dela e temos ate ficha pra você poder ligar pra ela (ainda se usava ficha na época)
-nossa que legal.Ela disse
-nós ate podemos te levar ate ela
-podemos pagar a sua passagem para ir ver a tua mãe
A menina ficou super feliz e acreditou em tudo que disseram pra ela então ela perguntou
-cadê a carta da minha mãe?
-nós vamos ler pra você mais tem um porem
-você tem que fazer umas coisas pra gente antes
A menina nem pensou duas vezes aceitou na hora fazer qualquer coisa para poder ver e saber de sua mãe de novo ela disse:
-sim eu faço oque vocês quiseram; ela perguntou.
-oque eu tenho que fazer?Eles disseram
-você vai ter que deixar a gente tocar em você e você tocar na gente
A menina não entendeu de imediato oque aquilo significava mais logo descobriu eles um por um foram abusando da menina sexualmente ate o ultimo deles acabar daí ela perguntou no final
-e agora eu vou poder ver a minha mãe? E a carta dela cadê vocês vão ler pra mim
Mais a menina não teve respostas à resposta dela foram duas surras que ela tomou uma dos avos quando descobriram oque avia acontecido e outra do pai quando soube.
AGORA EU TE PERGUNTO SE ELA FOSSE ABUSADA NOVAMENTE QUAL SERIA A CHANCE DELA CONTAR?PENCEM NISSO ANTES DE PUNIREM UM FILHO POR ALGO QUE ELE POSSA NÃO TER CULPA.
-você sente falta da sua mãe? Perguntou eles
-eu sinto sim muita falta, ela disse.
-nós sabemos onde ela esta
-e nos temos uma carta dela pra você temos o telefone dela e temos ate ficha pra você poder ligar pra ela (ainda se usava ficha na época)
-nossa que legal.Ela disse
-nós ate podemos te levar ate ela
-podemos pagar a sua passagem para ir ver a tua mãe
A menina ficou super feliz e acreditou em tudo que disseram pra ela então ela perguntou
-cadê a carta da minha mãe?
-nós vamos ler pra você mais tem um porem
-você tem que fazer umas coisas pra gente antes
A menina nem pensou duas vezes aceitou na hora fazer qualquer coisa para poder ver e saber de sua mãe de novo ela disse:
-sim eu faço oque vocês quiseram; ela perguntou.
-oque eu tenho que fazer?Eles disseram
-você vai ter que deixar a gente tocar em você e você tocar na gente
A menina não entendeu de imediato oque aquilo significava mais logo descobriu eles um por um foram abusando da menina sexualmente ate o ultimo deles acabar daí ela perguntou no final
-e agora eu vou poder ver a minha mãe? E a carta dela cadê vocês vão ler pra mim
Mais a menina não teve respostas à resposta dela foram duas surras que ela tomou uma dos avos quando descobriram oque avia acontecido e outra do pai quando soube.
AGORA EU TE PERGUNTO SE ELA FOSSE ABUSADA NOVAMENTE QUAL SERIA A CHANCE DELA CONTAR?PENCEM NISSO ANTES DE PUNIREM UM FILHO POR ALGO QUE ELE POSSA NÃO TER CULPA.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Coração Quebrado / Bya Albuquerque
Em nove meses tive meu segundo princípio de infarto. Altamente doloroso e desagradável. Senti os sintomas, mas como da primeira vez, não dei muita atenção e demorei a procurar socorro. Esse fato poderia ter me custado a vida.
Esse é o maldito legado do meu pai. Não bastou me violentar sexualmente e emocionalmente...não bastou privar-me das melhores coisas que a adolescência e a juventude podem oferecer...não bastou todas as calúnias e atos dignos de um psicopata que separou-me totalmente da família e de outras pessoas que eu apreciava. Deixou-me também a saúde física precária, influenciada pela falta de saúde emocional (depressão e stress pós traumático). Meu corpo e minha alma foram brutalmente e cruelmente violados...mutilados. Já sitei várias consequências do abuso sofrido por mim nesse blog. Nenhum deles é tão letal como a incerteza se amanhã estarei em pé...cuidando de mim e dos meus filhos...fazer a faculdade de psicologia...trabalhar...simplesmente viver.
Imagino que muitos poderão considerar esse texto agressivo...escrito por uma pessoa extremamente revoltada. Porém não é assim. A revolta já passou faz muito tempo, mas tenho o direito de ficar brava SIM com toda essa situação. Muitos esquecem que sou a VÍTIMA...que nunca desejei isso para mim. E uma coisa que aprendi com a terapia que não devo sentir vergonha de todos esses fatos e que falar alivia e faz bem.
Vou citar alguns dos sintomas, para que outras mulheres não subestimem as dores ou o mal estar.
Os dois novos sintomas, que exatamente chamaram a minha atenção pelo fato de raramente senti-los foram: azia e dor nas costas.
Outros: suor intenso...enjoo e ânsia de vomito, chegando a vomitar tomando só água... uma fadiga intensa...dor no peito como se tivesse um bloco de concreto esmagando o mesmo... falta de ar... pontadas no coração... dor no braço esquerdo... formigamento nas mãos. Esses são também os sintomas (segundo o cardiologista) da Síndrome de Pânico, que graças a Deus não tenho e nunca tive.
Esse meu pequeno relato intenciona duas coisas: mostrar às pessoas como uma violência é brutal em todos os sentidos e que nós, mulheres, precisamos ficar alertas e atentas aos certos sintomas...nunca os subestimando.
Esse é o maldito legado do meu pai. Não bastou me violentar sexualmente e emocionalmente...não bastou privar-me das melhores coisas que a adolescência e a juventude podem oferecer...não bastou todas as calúnias e atos dignos de um psicopata que separou-me totalmente da família e de outras pessoas que eu apreciava. Deixou-me também a saúde física precária, influenciada pela falta de saúde emocional (depressão e stress pós traumático). Meu corpo e minha alma foram brutalmente e cruelmente violados...mutilados. Já sitei várias consequências do abuso sofrido por mim nesse blog. Nenhum deles é tão letal como a incerteza se amanhã estarei em pé...cuidando de mim e dos meus filhos...fazer a faculdade de psicologia...trabalhar...simplesmente viver.
Imagino que muitos poderão considerar esse texto agressivo...escrito por uma pessoa extremamente revoltada. Porém não é assim. A revolta já passou faz muito tempo, mas tenho o direito de ficar brava SIM com toda essa situação. Muitos esquecem que sou a VÍTIMA...que nunca desejei isso para mim. E uma coisa que aprendi com a terapia que não devo sentir vergonha de todos esses fatos e que falar alivia e faz bem.
Vou citar alguns dos sintomas, para que outras mulheres não subestimem as dores ou o mal estar.
Os dois novos sintomas, que exatamente chamaram a minha atenção pelo fato de raramente senti-los foram: azia e dor nas costas.
Outros: suor intenso...enjoo e ânsia de vomito, chegando a vomitar tomando só água... uma fadiga intensa...dor no peito como se tivesse um bloco de concreto esmagando o mesmo... falta de ar... pontadas no coração... dor no braço esquerdo... formigamento nas mãos. Esses são também os sintomas (segundo o cardiologista) da Síndrome de Pânico, que graças a Deus não tenho e nunca tive.
Esse meu pequeno relato intenciona duas coisas: mostrar às pessoas como uma violência é brutal em todos os sentidos e que nós, mulheres, precisamos ficar alertas e atentas aos certos sintomas...nunca os subestimando.
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