Era uma vez uma menina...menina num corpo de mulher...mulher num corpo de menina vagando por um mundo sombrio. Sozinha, solitária, com medo. Muitas vezes dava de encontro com outras sombras que também vagavam por ali. Sempre a procura de uma saída ou de uma luz. Nunca encontrando o que procurava. Às vezes sentia muita ansiedade e outras vezes não. Às vezes a esperança tomava conta do seu ser e outras vezes era o desespero. Fazia frio, mas ela mal sentia...sentia era muito calor. Não sentia fome, porém a sede era constante. Via os outros vultos que também estavam procurando paz e consciência de si mesmos...o encontro da alma com o corpo...sua essência. Ela não sentia medo...somente uma ânsia enorme de um encontro que a preenchesse com amor e esperança. Mas muitos que passavam por ela diziam para não ter essa esperança, que tinha gente que não foi feita para amar e ser amada...para ser feliz, somente para trazer felicidade aos outros. E quanto mais a menina ouvia isso, mais dentro do seu ser nascia uma determinação...uma teimosia de encontrar o que estava buscando. Mas como? Se ela mesma não tinha certeza dessa busca. Estava cansada ao extremo...mas não conseguia nem descansar e nem dormir. Muitos desistiam da busca e se iam. Mas não para a luz e sim para as trevas. A menina sabia como era fácil esse caminho, mas já estava acostumada com o difícil...muitas vezes com o impossível. Várias vezes ouvia o seu nome...ficava buscando, procurando...porém... em vão. Estava fadada a ficar nesse mundo de trevas, pois a única saída era a mudança. Mudança interior...dos seus conceitos...dos seus objetivos. Mudança em se respeitar...em se aceitar...em se amar. Será que ela conseguiu...consegue...conseguirá? Somente o tempo mostrará a verdade e quem sabe a saída...
B.A
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