Minha História...
Vim adiando o dia de postar a minha história aqui, mas acho que
já está mais que na hora.
já está mais que na hora.
Só para esclarecer, minha história é muito mais do que isso!
Minha vida é maior do que isso,
Minha vida é maior do que isso,
mas para ser objetiva, vou tentar me ater aos
fatos que me levaram a criar esse blog.
fatos que me levaram a criar esse blog.
Eu tive uma infância muito feliz, antes de tudo,
até que em algum momento entre os meus 10 e 11 anos,
até que em algum momento entre os meus 10 e 11 anos,
meus pais se separaram. Minha mãe logo logo se envolveu
com um homem que vou chamar de R.
com um homem que vou chamar de R.
Em alguns meses ele já morava na nossa casa,
e eu gostei da ideia, de verdade.
e eu gostei da ideia, de verdade.
Ele tinha uma filha (ainda tem), que eu vou chamar de T.
Lembro da primeira vez que
Lembro da primeira vez que
ele me tocou como se fosse ontem. E depois da segunda, da terceira.
Até que foram tantas que não consigo mais distinguir os dias.
Alguns mais marcantes,
Alguns mais marcantes,
outros que eu simplesmente não lembro.
E não, não era com violencia pura e bruta.
E não, não era com violencia pura e bruta.
Era diferente disso. Nas primeiras vezes, eu paralisei, por completo.
Sem voz,
Sem voz,
sem movimento algum. Tudo que eu lembro era que na minha mente
ressoava "que que isso?????" Até que piorou, é claro.
Começou a doer fisicamente e eu lutava
Começou a doer fisicamente e eu lutava
para que parasse, porém acabei percebendo que era inútil, e só piorava a situação.
Então, eu aprendi a aguentar calada, porque assim terminava mais rápido
e ele me deixava em paz por mais tempo. E nisso, o tempo passou,
eu fui crescendo e
eu fui crescendo e
odiando cada vez mais. Nesse tempo, minha irmã,
I. nasceu, o que só complicou as coisas.
I. nasceu, o que só complicou as coisas.
Minha mãe, bom, vou dedicar o próximo parágrafo à ela.
A fase "ficar calada e esperar acabar" passou.
Um ódio inexplicável cresceu dentro de mim.
E olhando para trás agora, eu me pergunto como eu
consegui conviver com isso por tanto tempo.
Numa terça feira de março do ano passado,
o único resto de dignidade que eu ainda possuía,
foi tirado de mim. É nesses cinco anos conheci todos
os aspectos de uma vida sexual,
menos o sexo em si, até essa terça feira.
No dia seguinte no colégio, não era difícil notar que
havia algo de errado comigo, e minha melhor amiga de todos os tempos, P.,
se importou o
suficiente para não deixar para lá.
Na quinta feira, num impulso que me surpreendeu,
eu escrevi o que tinha acontecido num pedaço de papel, e entreguei para ela.
Bom isso desencadeou uma sequencia de eventos que terminou comigo, P.,
a mãe de P.,
todas no trabalho da minha mãe para contar a ela o que tinha acontecido.
Um ódio inexplicável cresceu dentro de mim.
E olhando para trás agora, eu me pergunto como eu
consegui conviver com isso por tanto tempo.
Numa terça feira de março do ano passado,
o único resto de dignidade que eu ainda possuía,
foi tirado de mim. É nesses cinco anos conheci todos
os aspectos de uma vida sexual,
menos o sexo em si, até essa terça feira.
No dia seguinte no colégio, não era difícil notar que
havia algo de errado comigo, e minha melhor amiga de todos os tempos, P.,
se importou o
suficiente para não deixar para lá.
Na quinta feira, num impulso que me surpreendeu,
eu escrevi o que tinha acontecido num pedaço de papel, e entreguei para ela.
Bom isso desencadeou uma sequencia de eventos que terminou comigo, P.,
a mãe de P.,
todas no trabalho da minha mãe para contar a ela o que tinha acontecido.
E agora aqui vem ele, o paragrafo que eu chamo de: Minha Mãe.
Durante esses cinco anos diversas foram as vezes que minha mãe
quase flagrou os "acontecimentos". Ela não via simplesmente porque
não queria.
Eu não confiava nela o suficiente para contar,
e na minha cabeça eu não tinha
saída alguma daquela situação. A minha opção era ficar ali onde eu estava.
Hoje, é claro, percebo que aquela era de longe a ultima opção.
Eu podia ter dito á minha
mãe antes, ao meu pai, á policia, sei lá, qualquer um!
Mas não me culpo! Agi como uma
criança jogada naquela vida, que entrou na adolescência naquela vida
. Que não teve a
oportunidade do primeiro beijo. da primeira vez.
Que tem uma mãe que preferiu se cegar
diante a verdade do que encará-la. Não me admira que eu não tenha
confiado nela antes,
dado ao que aconteceu depois. Naquele dia, no trabalho dela,
ela acreditou em mim.
Reagiu com eu acredito que qualquer mãe reagiria.
Chorou, xingou e tudo mais. As coisas se
sucederam de uma maneira na mente dela, que ainda não entendo.
Aos poucos ela foi mudando
e no final do mesmo dia, ela já dizia ser impossível o que eu estava dizendo.
Que se fosse verdade,
eu teria a dito antes. Três dias depois, ela expulsará R. de casa,
mas me culpava disso.
Dizia ter tido que escolher entre a filha e o marido,
mas que ela sempre escolheria a mim,
não importa o quão errada eu estivesse. Não espero que ninguém entenda o tanto
que isso me magoou, mas acreditem em mim, machucou
talvez o tanto quanto ele me machucou.
Durante todo o ano de 2010 eles continuaram namorando,
e eu continuei sendo a filha que
impedia o amor da mãe, o amor da família e etc.
Até que chegou janeiro de 2011
e tudo mudou, de novo.
Durante esses cinco anos diversas foram as vezes que minha mãe
quase flagrou os "acontecimentos". Ela não via simplesmente porque
não queria.
Eu não confiava nela o suficiente para contar,
e na minha cabeça eu não tinha
saída alguma daquela situação. A minha opção era ficar ali onde eu estava.
Hoje, é claro, percebo que aquela era de longe a ultima opção.
Eu podia ter dito á minha
mãe antes, ao meu pai, á policia, sei lá, qualquer um!
Mas não me culpo! Agi como uma
criança jogada naquela vida, que entrou na adolescência naquela vida
. Que não teve a
oportunidade do primeiro beijo. da primeira vez.
Que tem uma mãe que preferiu se cegar
diante a verdade do que encará-la. Não me admira que eu não tenha
confiado nela antes,
dado ao que aconteceu depois. Naquele dia, no trabalho dela,
ela acreditou em mim.
Reagiu com eu acredito que qualquer mãe reagiria.
Chorou, xingou e tudo mais. As coisas se
sucederam de uma maneira na mente dela, que ainda não entendo.
Aos poucos ela foi mudando
e no final do mesmo dia, ela já dizia ser impossível o que eu estava dizendo.
Que se fosse verdade,
eu teria a dito antes. Três dias depois, ela expulsará R. de casa,
mas me culpava disso.
Dizia ter tido que escolher entre a filha e o marido,
mas que ela sempre escolheria a mim,
não importa o quão errada eu estivesse. Não espero que ninguém entenda o tanto
que isso me magoou, mas acreditem em mim, machucou
talvez o tanto quanto ele me machucou.
Durante todo o ano de 2010 eles continuaram namorando,
e eu continuei sendo a filha que
impedia o amor da mãe, o amor da família e etc.
Até que chegou janeiro de 2011
e tudo mudou, de novo.
T., a filha dele, num desabafo com a minha mãe,
contou que R. havia a machucado também.
E a partir daí uma outra série de eventos se desencadeou,
terminando com a minha mãe me
perguntando: "Por que você não me disse a verdade?"
E eu engolindo o jorro de palavras
que estava prestes a sair da minha boca.
Não valia a pena, e não vale até hoje, começar
essa discussão. Talvez seja covardia minha, talvez eu devesse
confrontar todo o passado.
Ou talvez, eu devesse deixar adormecido um pouco.
Depois de algumas conversas e resoluções,
todas nós terminamos numa delegacia, fazendo o que
deveria ter sido feito um ano atras
. O processo todo da justiça, eu deixo para próximos posts,
porque tenho certeza de que é
um assunto que muitos tem interesse, e deve ser relatado com mais detalhes.
Hoje,
eu espero ansiosamente por uma sentença
que parece que não vai sair nunca mais!
Milhões de prazos já se esgotaram, mas o Sr. Juiz,
ainda não se decidiu.
contou que R. havia a machucado também.
E a partir daí uma outra série de eventos se desencadeou,
terminando com a minha mãe me
perguntando: "Por que você não me disse a verdade?"
E eu engolindo o jorro de palavras
que estava prestes a sair da minha boca.
Não valia a pena, e não vale até hoje, começar
essa discussão. Talvez seja covardia minha, talvez eu devesse
confrontar todo o passado.
Ou talvez, eu devesse deixar adormecido um pouco.
Depois de algumas conversas e resoluções,
todas nós terminamos numa delegacia, fazendo o que
deveria ter sido feito um ano atras
. O processo todo da justiça, eu deixo para próximos posts,
porque tenho certeza de que é
um assunto que muitos tem interesse, e deve ser relatado com mais detalhes.
Hoje,
eu espero ansiosamente por uma sentença
que parece que não vai sair nunca mais!
Milhões de prazos já se esgotaram, mas o Sr. Juiz,
ainda não se decidiu.
Bom, e essa é a "minha história".
Mas como eu disse, minha história é muiiiito mais do que isso.
Envolve muitas alegrias também :)
Mas como eu disse, minha história é muiiiito mais do que isso.
Envolve muitas alegrias também :)
Não posso deixar de falar que é sim bem difícil escrever isso na internet,
e imaginar o que uma
pessoa imparcial pensará. O que eu posso dizer, é que eu não me importo tanto.
Eu me orgulho de quem eu sou. Do que eu fiz. Do que eu conquistei apesar de tudo.
Ainda tenho um milhão de problemas para resolver dentro de mim
mas daremos tempo ao tempo.
Espero muito ter ajudado alguém, e senão, posso dizer que me ajudei.
e imaginar o que uma
pessoa imparcial pensará. O que eu posso dizer, é que eu não me importo tanto.
Eu me orgulho de quem eu sou. Do que eu fiz. Do que eu conquistei apesar de tudo.
Ainda tenho um milhão de problemas para resolver dentro de mim
mas daremos tempo ao tempo.
Espero muito ter ajudado alguém, e senão, posso dizer que me ajudei.
Nossa, tenho que dizer que ler meu próprio depoimento é dificil e que eu não li até o final, mas ver aquela aqui me faz ter orgulho de quem eu sou e do que eu conquistei mesmo com tudo pelo o que eu passei :)
ResponderExcluirBrigada pela passada la no blog, por colocar essa história aqui e por tudo mais.
Eu ainda não li a sua história, mas agora que eu to mais livre de tempo vou ler. Só estou esperando um momento em que eu estiver sozinha e mais feliz, porque essas historias costumam me deprimir um pouco, porque por mais diferentes que sejam, eu me identifico em todas elas. Acho que vc me entende.
De qualquer forma, foi bom ter feito meu blog e ter descoberto o seu :)
beijos.
Liv, você é uma grande vencedora! Obrigada por compartilhar conosco o seu drama. Beijos no coração!!!
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