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ESSE BLOG É PARA CONTARMOS AS NOSSAS HISTÓRIAS, MOSTRAR A NOSSA LUTA E A NOSSA VITÓRIA...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

DEPOIMENTO DA CLAUDIA SOBRAL...ATIVISTA CONTRA PEDOFILIA...LÍDER DAS UMA DAS MELHORES COMUNIDADES "BRASIL SEM PEDOFILIA"


CLAUDIA, ALÉM DE AMIGA, ME AJUDOU MUITO NA FORMAÇÃO DAS "FILHAS DO SILENCIO". MUITO TRISTE E CHOCANTE ELA VIVENCIAR ISSO...

PEÇO QUE COMPARTILHEM MUITO!!!
Quem me acompanha, é meu amigo no face, na vida (ou me ambos), sabe que há um mês minha vida virou de cabeça pra baixo.
No dia 04 de julho meu ex marido, Alexandre tentou estuprar minha filha.
Sempre fui uma defensora dos direitos humanos, principalmente da não violência contra crianças, adolescentes e mulheres.
Um dos crimes mais abomináveis na minha opinião é a violência sexual.
Nunca aliviei estuprador e nunca relativizei crimes sexuais.
Crime é crime. O fato de meu ex marido ter tentado e não ter conseguido lograr êxito, só diminui a culpa dele perante a nossa justiça, que só considera um crime maior quando a vítima morre.
Para a vítima, vai ser sempre um estuprador nojento, calculista e inescrupuloso.
Uma pessoa asquerosa que não respeitou casamento, família e amigos, em nome de satisfazer um desejo doentio pela enteada.
Prometi a mim e a ele que só terei sossego quando todas as pessoas ficarem sabendo que aquele Alexandre calminho, bonzinho e amoroso é uma farsa. É apenas uma pessoa fria, calculista e sem escrúpulos.
Uma farsa.
A reportagem abaixo é apenas mais um passo na minha luta por justiça.
NUNCA IREI ME CALAR!!!!!!
Vítima conta o seu drama de violência doméstica e destaca importância do evento
A funcinária pública Cláudia Sobral já confirmou presença em palestras que serão promovidas na programação do TJ/RJ. O seu interesse pelo tema vem de muitos anos, como ativista e líder em grupos contra a pedofilia. Mas por ironia do destino, Cláudia viu acontecer dentro do seu lar um crime inúmeras vezes relatado pelas vítimas que ela procurava ajudar. A filha de Cláudia, uma jovem de 19 anos, sofreu uma tentativa de violência sexual do padastro. O caso foi registrado na Polícia Civil e o próprio homem confessou as suas intenções.
Cláudia conhecia o suposto agressor há nove anos e estava casada com ele há seis. "O nosso casamento era perfeito. Ele parecia o marido mais apaixonado do mundo. Tratava os meus dois filhos do primeiro casamento de uma forma extremamente carinhosa e nunca desconfiamos de nada", descreve ela. Segundo Cláudia, o homem confessou para a própria família que vinha observando a jovem há dois anos, por uma fechadura da porta do banheiro, sempre que a esposa deixava a casa para qualquer compromisso.
A mulher conta ainda que a polícia periciou o computador do marido. Foram encontrados acessos a muitos sites de pornografia, especialmente com imagens de incesto entre padrasto e enteada. "Este detalhe consta no inquérito, a fixação dele por este tipo de vídeo. É muito suspeito.
O caso aconteceu no início do mês de julho, quando Cláudia saiu de casa cedo para trabalhar. Ela conta que o homem simulou sair para um compromisso e voltou para olhar a jovem por uma pequena brecha debaixo da porta do banheiro, enquanto ela tomava banho. No entanto, a jovem ouviu barulhos estranhos e abriu a porta, se deparando com o padastro. Segundo Cláudia, ele não escondeu a intensão, o que deixou em pânico a menina. "Ele telefonou para uma tia contanto o que estava acontecendo e pedindo socorro, depois colocou num grupo de whatsApp, para as amigas", conta a mulher. Outro fato estranho, a mulher afirma que o homem estava com as malas arrumadas no carro. "O delegado disse que ele realmente tinha planos de fazer algo muito errado", destaca. Em seu depoimento na delegacia e para a família, o homem alegou que - "foi um momento de fraqueza e faz parte da natureza masculina".
O registro na delegacia, segundo Cláudia, foi outro drama que ela passou. "A escrivã não queria registrar nada, alegando que ele apenas tentou, mas não conseguiu. Como se isso não fosse um crime. Não é crime tentar? Ficou caracterizado como crime menor, porque não tocou nela. Se for condenado ele vai pagar uma cesta básica e tudo resolvido", critica a mulher, destacando ainda que tem convicção que o marido premeditou "cada passo daquele dia".
Depois do incidente, a filha de Cláudia parou todos os projetos pessoais e profissionais e está se tratando com um psicólogo. "A minha filha sempre foi muito tímida, nem tinha namorado e sempre muito dedicada aos estudos. Este crime foi chocante demais para ela, para toda a família. Estamos tentando juntar os pedaços. É difícil", conta Cláudia.
Por Cláudia Freitas - Jornal do Brasil